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Célula terrorista planejava ataque de maior escala na Espanha

Um dos suspeitos do atentado que matou 15 pessoas em Barcelona na semana passada confirmou a intenção diante de um juiz

atualizado

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ORIOL DURAN/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Atentado em Barcelona deixa dois mortos; polícia considera ação como terrorismo
1 de 1 Atentado em Barcelona deixa dois mortos; polícia considera ação como terrorismo - Foto: ORIOL DURAN/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Mohamed Houli Chemlal, um dos suspeitos de planejar o duplo ataque terrorista que deixou 15 mortos na Catalunha, admitiu nesta terça-feira (22/8), diante de um juiz espanhol, que preparava junto com companheiros na célula terrorista um atentado de maior impacto. As informações são de uma fonte do judiciário do país.

Chemlal se feriu na explosão acidental em uma casa na cidade catalã de Alcanar (200 km ao sul de Barcelona), onde o grupo fabricava explosivos para este ataque de maior escala. Ele afirmou para a polícia e confirmou ao juiz que este contratempo fez com que o ataque nas Ramblas e, mais tarde, em Cambrils, fosse antecipado.

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As pessoas se reuniram na Praça de Catalunha, que fica em Las Ramblas, junto com o rei Felipe VI, o chefe de governo Mariano Rajoy, o presidente catalão, Carles Puigdemont, e a prefeita Ada Colau
Turistas e moradores de Barcelona têm retomado a rotina, mas ainda sentem medo de novos ataques
Além disso, pelo menos 100 pessoas ficaram feridas
Autoridades confirmaram 15 mortos no atentado
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Após permanecer em silêncio por um minuto, a multidão aplaudiu as vítimas

Ansa
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As pessoas se reuniram na Praça de Catalunha, que fica em Las Ramblas, junto com o rei Felipe VI, o chefe de governo Mariano Rajoy, o presidente catalão, Carles Puigdemont, e a prefeita Ada Colau

Agência Estado
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Turistas e moradores de Barcelona têm retomado a rotina, mas ainda sentem medo de novos ataques

Agência Estado
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Além disso, pelo menos 100 pessoas ficaram feridas

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Autoridades confirmaram 15 mortos no atentado

ORIOL DURAN/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Apesar de ter fornecido informações fundamentais para a investigação sobre a célula terrorista que atuou na Catalunha, a procuradoria espanhola pediu que Chemlal seja preso em regime de isolamento e não tenha direito a fiança.

Além de Chemlal, outros três suspeitos detidos pela polícia por conexão com os ataques foram levados nesta terça-feira à Audiência Nacional de Madri, jurisdição encarregada dos casos de terrorismo, para serem interrogados.

Os outros oito integrantes do grupo morreram, seis deles abatidos pela polícia e dois em uma explosão acidental em Alcanar. Os detidos, Driss Oukabir, Mohammed Aallaa, Mohamed Houli Chemlal e Salah El Karib, foram levados em camburões da Guarda Civil escoltado por inúmeros carros da polícia.

O juiz Fernando Andreu, depois dos interrogatórios, deve determinar que acusações apresentará contra eles pelos atentados reivindicados pelo grupo Estado Islâmico. As audiências ocorrem a portas fechadas e os suspeitos têm o direito de ficar calado.

Ligações
O marroquino Younes Abouyaaqoub, de 22 anos, suposto motorista que atropelou a multidão em Barcelona, foi morto na segunda-feira em uma ação policial e o imã marroquino Abdelbaki Es Satty, figura-chave da célula por ter doutrinado os outros integrantes, teve sua morte confirmada na explosão acidental ocorrida na casa em Alcanar.

Alvo de uma intensa busca desde quinta-feira, Abouyaaqoub morreu 50 km a oeste da capital catalã, em uma área de vinhedos pouco povoada, onde foi visto por dois policiais que passavam por uma estação de trem.

Quando foi confrontado, o suspeito “abriu o casaco e parecia usar um cinturão de explosivos, que eram falsos”, relatou o delegado-chefe da polícia catalã, Josep Lluis Trapero. Abouyaaqoub gritou “Alá é grande” antes que os agentes o matassem.

Cinco dias após os ataques, continuam hospitalizadas 48 pessoas, das quais oito estão em situação crítica e 12 em estado grave, segundo o último balanço da Proteção Civil na Catalunha.

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