Brasileira é presa na Itália suspeita de matar a sogra envenenada
Adriana Pereira está sendo investigada por assassinato e ocultação de cadáver, mas alega inocência e diz que Simonetta Gaggioli se matou
atualizado
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A polícia italiana ordenou nesta terça-feira (14/01/2020) a prisão da brasileira Adriana Pereira Gomes, de 32 anos, pela suspeita de que ela tenha matado a sogra envenenada e ocultado o cadáver. O corpo de Simonetta Gaggioli, de 76 anos, foi encontrado embrulhado em um saco de dormir em uma estrada na província de Livorno.
Embora ela tenha sido detida nesta terça, o crime ocorreu em 26 de julho de 2019. Adriana vem sendo investigada desde então, bem como seu marido, o italiano Filippo Andreani, de 48 anos. A suspeita é de que a idosa tenha morrido após ingerir café com um medicamento para hipertensão em dose 10 vezes maior do que a prescrição médica, segundo o jornal italiano Corriere Della Sera.
Adriana, contudo, nega ter cometido o crime e diz que foi suicídio – segundo a brasileira, Simonetta preparou sozinha o café. “Ela queria morrer, só respeitei sua vontade”, alegou.
Ainda de acordo com ela, a sogra também pediu para ser enterrada no cemitério de Follonica, junto ao marido. Adriana narrou ter escondido o cadáver debaixo da cama dos filhos por dois dias e depois levado ao carro para ir até a cidade, sem a ajuda de Filippo. Ela alega que o motor do veículo apresentou problema e que foi por isso que o corpo foi deixado na estrada.
Para a polícia, entretanto, a principal hipótese é a de que Adriana tenha matado a sogra com a expectativa de receber pensão caso o corpo não fosse encontrado. As duas viveriam, segundo os vizinhos declararam em depoimento, em constante atrito porque Simonetta se recusava a se mudar para o Brasil com Adriana e Filippo.
A participação de Filippo segue sendo apurada, mas investigadores constataram, em um “experimento judicial”, que a brasileira conseguia arrastar um saco com o peso aproximado da vítima. Isto corroboraria a tese de Adriana de que agiu sozinha ao levar o corpo no carro. Filippo nega envolvimento e diz acreditar também na inocência da companheira.