Autópsia confirma uso de armas químicas na Síria, diz ministro turco
Na quarta-feira (5/4), o governo da Turquia qualificou o ataque como “crime de guerra e crime contra a humanidade”
atualizado
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O ministro da Justiça da Turquia, Bekir Bozdag, informou nesta quinta-feira (6/4) que as autópsias realizadas nas vítimas do ataque ocorrido na terça (4) na Província de Idlib, na Síria, confirmaram o uso de armas químicas.
“Fizeram autópsias em três corpos que foram levados de Idlib para Adana (sul da Turquia), e contaram com a participação de representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ). O resultado das autópsias comprovou o uso de armas químicas”, afirmou Bozdag à agência de notícias turca Anadolu.
O ministro de Saúde da Turquia, Recep Akdag, já havia dito que existiam “provas” do uso de armas químicas no atentado, que ele atribuiu ao governo sírio. Até o momento, Damasco nega envolvimento na ação.“Esta investigação científica demonstrou que (o presidente sírio) Bashar Assad utiliza armas químicas”, afirmou Bozdag, após o resultado das autópsias. Depois do ataque à cidade de Khan Sheikhoun, que matou 86 pessoas e deixou centenas feridas, 30 das vítimas foram transferidas para hospitais da Turquia.
Na quarta-feira (5), o governo turco qualificou o ataque como “crime de guerra e crime contra a humanidade”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o governo de Assad de ultrapassar uma “linha vermelha” com o uso de gás tóxico no ataque a civis. O republicano afirmou que sua atitude em relação à Síria e ao presidente do país mudou após o episódio.