Violência em protestos eleva número de mortos para 37 na Venezuela
Estudantes e policiais entraram em confronto na quinta (4/5), na capital, Caracas, e causaram a morte de um homem de 33 anos
atualizado
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Estudantes e policiais entraram em confronto novamente na quinta-feira (4/5) em Caracas, que vive seu segundo mês de protestos, deixando dezenas de feridos e matando um homem de 33 anos. “Somos estudantes, não terroristas!”, afirmava a massa de manifestantes enquanto marchava pelas ruas de Caracas. Muitos deles usavam máscaras de gás para enfrentar o armamento da polícia. Com os eventos de quinta, a contagem de mortos chega a 37 desde que a nova onda de protestos começou.
Os confrontos terminaram em disparos no subúrbio de El Tigre, no sudeste de Caracas. Juan Lopez, um líder estudantil, foi atingido e faleceu. Outros três indivíduos ficaram feridos. Relatos preliminares afirmam que o atirador alvejou Lopez no final dos protestos e depois fugiu de moto.
Mais cedo, autoridades anunciaram a morte de um policial de 38 anos no Estado de Carabobo. Ele foi alvejado durante um protesto na quarta-feira e não resistiu aos ferimentos. Os manifestantes querem uma eleição presidencial imediata. O presidente Nicolás Maduro acusa a oposição de tentar um golpe de Estado e respondeu com uma iniciativa para reescrever a constituição.Na quinta-feira, durante uma visita a uma exposição de agricultores, Maduro repetiu seu apelo por uma Assembleia a ser criada para decidir o futuro do país “pelos próximos 50 anos”.
A pressão internacional tem crescido para que o presidente realize eleições. Um grupo bipartidário de senadores americanos enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na qual pede que ele estude novas sanções contra indivíduos responsáveis por violações de direitos humanos e por novas medidas para entrega de ajuda humanitária.
Oito países latino-americanos emitiram um comunicado que critica o excesso de uso de força pela polícia contra os manifestantes.