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Vigésimo dia de guerra: confira 20 fatos do conflito na Ucrânia

Para marcar a data, o Metrópoles separou os 20 pontos mais marcantes do conflito russo-ucraniano, que segue sem uma solução de paz

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Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
Membros de separatistas pró-russos são vistos em Donetsk, Ucrânia, controlada por separatistas pró-russos
1 de 1 Membros de separatistas pró-russos são vistos em Donetsk, Ucrânia, controlada por separatistas pró-russos - Foto: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images

Bombardeios, refugiados, armas nucleares, cessar-fogo. Há 20 dias essas palavras passaram a fazer parte do cotidiano mundial. Casa estraçalhadas, pessoas feridas, tanques de guerra nas ruas. As fotos do horror da guerra rodam o planeta.

Nesta terça-feira (15/3), a invasão russa completa 20 dias. São quase três semanas de medo, traumas, riscos infinitos, prejuízos financeiros e uma grande instabilidade internacional. Os ucranianos são, sem dúvidas, os mais atingidos. Mas a guerra já deixa marcas indeléveis no mundo.

Também nesta terça-feira, russos e ucranianos voltam a conversar numa tentativa de um acordo de cessar-fogo. Todas as outras reuniões fracassaram.

Os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, travam, além o embate militar, uma guerra de narrativas com graves acusações.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Uma coisa é certa: alguém precisa parar a guerra. Neste período, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU), 2,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia. O número pode mais do que dobrar.

Para marcar a data, o Metrópoles separou os 20 pontos mais marcantes do conflito russo-ucraniano. Confira, a seguir.

  1. Conflito foi desencadeado pelo desejo da Ucrânia em entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), grupo militar coordenado pelos Estados Unidos.
  2. Vladimir Putin ordenou invasão na madrugada de 24 de fevereiro.
  3. Volodymyr Zelensky pede apoio internacional para defesa do país.
  4. Ucrânia decreta o rompimento das relações diplomáticas com a Rússia e distribui 10 mil fuzis a civis.
  5. Sitiada, Kiev é invadida por tropas russas.
  6. Com tensão em alta, TV ucraniana ensina a população a produzir coquetéis molotov.
  7. ONU, Otan e União Europeia discutem represálias contra a Rússia.
  8. Hospital, orfanato, prédios e escola se tornam alvo de mísseis russos. Civis entram na mira.
  9. Bancos russos são excluídos do Swift, maior sistema bancário global.
  10. Ucrânia é atacada por Belarus, país aliado da Rússia.
  11. ONU aprova resolução contra Rússia por guerra na Ucrânia.
  12. Ucrânia pede “corredor verde” para refugiados após aumento de ataques.
  13. Corredor humanitário para a retirada de civis da zona de conflito não dá certo.
  14. Estados Unidos proíbem empresas norte-americanas de comprarem petróleo russo. Outros produtos são boicotados.
  15. Exército russo intensifica ataques e Vladimir Putin cogita usar armas nucleares.
  16. Empresas suspendem operações na Rússia.
  17. Russos sentem impactos das sanções internacionais: inflação, desvalorização da moeda e falta de produtos.
  18. No Brasil, FAB repatria brasileiros e preço da gasolina dispara.
  19. ONU alerta para uso de armas nucleares na guerra.
  20. Volodymyr Zelensky fará discurso em sessão conjunta do Congresso dos EUA na 4ª.

 

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