Vietnã: 8 pessoas são presas por envolvimento com 39 mortes
O governo do país asiático manifestou pesar com uma “grave tragédia humanitária”
atualizado
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Oito pessoas foram presas no Vietnã por suspeita de envolvimento na descoberta de 39 corpos em um caminhão nos arredores de Londres. A polícia disse que está em curso uma investigação para desmantelar as redes de imigração ilegal que transportam pessoas para o Reino Unido. Duas pessoas foram detidas na última sexta-feira (01/11/2019).
O governo do Vietnã manifestou pesar com uma “grave tragédia humanitária”, um dia depois de a polícia britânica ter afirmado que as 39 pessoas encontradas sem vida dentro de um caminhão no Reino Unido eram todas vietnamitas.
“Esta é uma grave tragédia humanitária. Estamos profundamente tristes e gostaríamos de apresentar as nossas mais profundas condolências às famílias das vítimas”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Le Thi Thu Hang.
O Vietnã apelou “aos países da região e do resto do mundo para que acelerem a sua cooperação no combate ao tráfico de seres humanos, a fim de evitar que tal tragédia se repita”.
Inicialmente, a equipa de investigação julgava que as 39 vítimas seriam da China, mas, na sexta-feira, fonte oficial da polícia revelou que são do Vietnã, tendo já localizado familiares e entrado em contato com as autoridades vietnamitas.
Nos últimos dias, várias famílias vietnamitas relataram o desaparecimento de familiares que poderiam estar entre as 39 pessoas encontradas mortas no caminhão.
Segundo a polícia britânica, a identificação das vítimas deve ser difícil, uma vez que foram encontrados poucos documentos junto aos cadáveres.
Os corpos de 31 homens e oito mulheres foram encontrados no dia 23 de outubro dentro de um caminhão refrigerado numa zona industrial em Essex, na Inglaterra. O condutor, um norte-irlandês de 25 anos e identificado como Mo Robinson, foi acusado de 39 crimes de homicídio e tráfico de pessoas, entre outros crimes.
Um segundo homem, identificado como Eamonn Harrison, de 22 anos, compareceu nesta segunda-feira (04/11/2019) ao tribunal de Dublin, na Irlanda, por suspeita de envolvimento na morte das 39 pessoas.