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“Viemos em paz”, diz Nancy Pelosi em Taiwan, após enfurecer a China

Em suas declarações, Pelosi também evocou sua visita à Praça da Paz Celestial em Pequim, dois anos após o massacre de 1989 de manifestantes

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Nancy Pelosi
1 de 1 Nancy Pelosi - Foto: Ministry / Handout/Anadolu Agency via Getty Images

“Viemos a Taiwan em amizade, viemos em paz para a região”. As declarações são de  Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, que nesta quarta-feira (3/8, noite de terça-feira no Brasil) chegou à pequena nação asiática provocando a ira de Pequim e uma crise diplomática entre chineses e norte-americanos. Pelosi esteve com Tsai Chi-Chang, vice-presidente do Parlamento de Taiwan.

Em suas declarações, Pelosi também evocou sua visita à Praça da Paz Celestial em Pequim, dois anos após o massacre de 1989 de manifestantes estudantis.

Na ocasião, Pelosi protagonizou um incidente diplomático ao lado dos deputados Ben Jones, democrata, e John Miller, republicano, ao escapar da vigilância dos chineses e estender um cartaz em homenagem “àqueles que morreram pela democracia na China”. As informações são de O Globo.

A visita de Nancy Pelosi a Taiwan virou motivo de uma série de ameaças da China aos norte-americanos. Ela está em viagem à Ásia e pousou na ilha na manhã desta terça-feira (2/8).

O atrito ocorre porque a China considera Taiwan como parte de seu território e condena qualquer contato de autoridades ou tentativas de reconhecimento da autonomia da ilha. Para os chineses, a viagem de Pelosi é uma “provocação”.

Entenda o conflito:

 

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“Os EUA assumirão a responsabilidade e pagarão o preço por minar os interesses soberanos de segurança da China”, afirmou Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

Nessa segunda-feira (1º/8), John Kirby, coordenador de comunicação do Conselho de Segurança Nacional dos EUA respondeu às provocações.

“Não há motivo para Pequim transformar uma visitar em potencial, consistente com a política de longa data dos EUA, em algum tipo de crise ou conflito, ou usá-la como pretexto para aumentar atividade militar no Estreito de Taiwan ou ao redor”, declarou. “Nós não vamos morder a isca, ou nos envolver em demonstrações de força. Mas, ao mesmo tempo, não vamos nos intimidar.”

A China a elevou o tom das ameaças. “A China adotará contramedidas firmes e decisivas para defender sua soberania e integridade territorial”, disse Zhao Lijian, outro porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim. “Sobre quais medidas, se ela se atrever a ir, vamos esperar para ver.” Ele afirmou ainda que o país não assistirá à ação de “braços cruzados”.

Pelosi é a primeira presidente da Câmara dos EUA a visitar Taiwan em 25 anos.

Monitoramento

Em meio à tensão sobre a viagem, o governo chinês anuncio que monitorava o voo que transportou Pelosi.

A aeronave saiu da Malásia, mas não apontava um destino final. A parlamentar realiza visitas a países asiáticos durante a semana. Com a aproximação do território de Taiwan, o exército chinês instalou aviões de guerra para sobrevoar a região.

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