Vídeos: mortos em explosão no Líbano passam de 100; há 4 mil feridos
A principal suspeita é de que a explosão tenha partido de um armazém que guardava nitrato de amônio
atualizado
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A forte explosão em uma região portuária de Beirute, no Líbano, na tarde dessa terça-feira (4/8), deixou ao menos 113 mortos e 4 mil feridos.
Por enquanto, as autoridades locais não falam em atentado. A principal suspeita é de que a explosão tenha partido de um armazém que guardava nitrato de amônio, um tipo de fertilizante.
As imagens da destruição são impressionantes. Vídeos e fotos mostram o momento da explosão. É como se tivessem detonado uma bomba atômica.
Conforme mostrou a coluna Janela Indiscreta, do Metrópoles, a família de Roberto Salone, diplomata brasileiro que está em missão oficial no Líbano, relatou momentos de desespero para conseguir notícias do servidor do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Moradora da Vila Planalto, Leiliane Rebouças é mãe de Fernando Rebouças Salone, herdeiro do diplomata, e descreveu a angústia de contar ao filho de 13 anos sobre o episódio ocorrido na Ásia Ocidental, às vésperas do Dia dos Pais.
“Eu fiquei superaflita, porque o pai do meu filho é diplomata em Beirute. Ele mora (morava, né? Porque o apartamento ficou destruído) a três quilômetros do Porto. Mas, graças a Deus, não saiu ferido”, conta Leiliane à coluna.
De acordo com a bacharel em Relações Internacionais, toda a família ficou aflita até receber notícias de Roberto Salone. “Meu filho ficou assustado pensando que o pai dele poderia ter se ferido. Ele foi o único diplomata que perdeu praticamente tudo com a explosão. Pelas informações que tivemos, ele não sabia nem onde iria dormir esta noite”, emenda.
“Perdeu tudo, não sobrou nada”
Roberto Salone é o responsável pela área de negócios da Embaixada do Brasil em Beirute. Antes do Líbano, o diplomata atuava no escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, na Suíça. “Ele perdeu tudo. Não sobrou nada”, disse Leiliane.
O presidente Jair Bolsonaro usou suas redes sociais na noite dessa terça-feira (4/8) para manifestar solidariedade às famílias de mortos e aos feridos na explosão que atingiu Beirute.
“Profundamente triste com as cenas de explosão. O Brasil abriga a maior comunidade de libaneses do mundo e, deste modo, sentimos essa tragédia como se fosse em nosso território. Manifesto minha solidariedade às famílias das vítimas fatais e aos feridos”, destacou.