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Vídeo mostra desespero de civis ucranianos em ataque à estação de trem

Bombardeio atingiu mulheres, crianças e homens que tentavam deixar Kramatorsk, na Ucrânia. Dezenas morreram no ataque da Rússia

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Mais de 30 mortos e 100 feridos em ataque russo à estação ferroviária ucraniana
1 de 1 Mais de 30 mortos e 100 feridos em ataque russo à estação ferroviária ucraniana - Foto: Andrea Carrubba/Anadolu Agency via Getty Images)

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o desespero de civis com o ataque russo à estação de trem de Kramatorsk, em Donetsk, no leste da Ucrânia, ocorrido nessa sexta-feira (8/4). A gravação é atribuída ao bombardeio das tropas militares da Rússia e evidencia a gravidade dos ferimentos das vítimas.

De acordo com o governo da Ucrânia, milhares de civis estavam na estação aguardando um trem para deixar o país, quando um míssil russo atingiu o local. Estima-se que o ataque tenha resultado em dezenas de mortos e feridos.

Veja: 

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Dois foguetes atingiram uma estação em Kramatorsk , uma cidade na região de Donetsk, onde dezenas de pessoas estavam esperando para serem evacuadas para áreas mais seguras, de acordo com as ferrovias ucranianas
Uma visão da cena depois que mais de 30 pessoas foram mortas e mais de 100 feridas em um ataque russo a uma estação ferroviária no leste da Ucrânia em 8 de abril de 2022
Além dos 39 mortos, há 87 pessoas feridas, segundo a imprensa internacional.
Ataque russo a uma estação de trem na Ucrânia deixa ao menos 39 mortos
Mais de 30 mortos e 100 feridos em ataque russo à estação ferroviária ucraniana
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Dois foguetes atingiram uma estação em Kramatorsk , uma cidade na região de Donetsk, onde dezenas de pessoas estavam esperando para serem evacuadas para áreas mais seguras, de acordo com as ferrovias ucranianas

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Uma visão da cena depois que mais de 30 pessoas foram mortas e mais de 100 feridas em um ataque russo a uma estação ferroviária no leste da Ucrânia em 8 de abril de 2022

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Além dos 39 mortos, há 87 pessoas feridas, segundo a imprensa internacional.

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Ataque russo a uma estação de trem na Ucrânia deixa ao menos 39 mortos

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Mais de 30 mortos e 100 feridos em ataque russo à estação ferroviária ucraniana

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Dois foguetes atingiu uma estação em Kramatorsk, uma cidade na região de Donetsk

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Dois foguetes atingiram uma estação em Kramatorsk , uma cidade na região de Donetsk, onde dezenas de pessoas estavam esperando para serem evacuadas para áreas mais seguras, de acordo com as ferrovias ucranianas

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Uma visão da cena depois que mais de 30 pessoas foram mortas e mais de 100 feridas em um ataque russo a uma estação ferroviária no leste da Ucrânia em 8 de abril de 2022

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Ataque russo a uma estação de trem na Ucrânia deixa ao menos 39 mortos

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O governador de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, chamou os militares russos de “racistas”. “Queriam fazer reféns, o maior número possível de pessoas pacíficas. Queriam destruir tudo o que fosse ucraniano. A federação russa é um país de vilões e criminosos. O mal deve ser detido e, claro, punido”, escreveu.

Kyrylenko também publicou imagens do local. As fotos registram dezenas de corpos no chão, ao lado de malas e mochilas. Outra publicação mostra uma grande nuvem de fumaça e autoridades de segurança tentando conter as chamas. Veja:

Nova estratégia

O sul da Ucrânia está sitiado por tropas russas, e o leste passou a ser alvo de bombardeios massivos. Essa é a nova configuração da estratégia militar do país comandado pelo presidente Vladimir Putin.

O Exército russo abandonou Kiev e regiões próximas da capital para concentrar os esforços das tropas em áreas separatistas pró-Rússia na região de Donbass, onde estão Donetsk e Lugansk, que se autoproclamaram independentes da Ucrânia.

Nos últimos dias, segundo relatos de agências internacionais de notícias, os bombardeios nesses locais aumentaram muito, em preparação para a ofensiva terrestre.

Na quinta-feira (7/4), 93 países aprovaram a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). Foi um revés diplomático importante. Depois da decisão, o país de Vladimir Putin anunciou que estava abandonando o conselho.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

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