Vídeo. Boxeador assedia repórter e rouba beijo durante entrevista
A profissional considerou a situação como “embaraçosa”. No Brasil, ação é considerada crime de importunação sexual
atualizado
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Mais uma jornalista foi alvo de uma cena constrangedora de assédio, desta vez nos Estados Unidos. A repórter Jenny Sushe, do jornal “Vegas Sports Daily”, entrevistava o boxeador búlgaro Kubrat Pulev, quando ele a beijou na boca de forma forçada. Visivelmente desconfortável com a situação, a profissional ainda tentou disfarçar. O vídeo viralizou nas redes sociais.
O fato ocorreu logo após a vitória de Pulev contra o romeno Bogdan Dinu, em luta realizada na cidade de Los Angeles no domingo (24/3). A repórter comentava sobre as chances de um duelo contra o britânico Tyson Fury e, após respondê-la, o lutador a beijou.
Kubrat Pulev tem 37 anos e luta na categoria de peso-pesado. Ele garantiu vitória por nocaute contra o romeno, e se mantém na linha para lutar por um título mundial. É a sétima vitória consecutiva do lutador desde que foi eliminado por Wladimir Klitschko, em 2014. Ele ainda não comentou sobre o assédio.
Assédio recorrente
Casos como este já ocorreram diversas vezes em todo o mundo. Durante a cobertura dos jogos da Copa do Mundo na Rússia, a repórter do Grupo Globo Júlia Guimarães quase foi beijada enquanto se preparava para uma entrada ao vivo. “Nunca faça isso. Eu não te autorizo a fazer isso”, disse ela ao assediador.
É difícil encontrar palavras… Por sorte, nunca vivi isso no Brasil! Aqui já aconteceu por 2 vezes. Triste! Vergonhoso! https://t.co/8sdukYw8FG
— Julia Guimarães (@juliacgc) 24 de junho de 2018
Também no ano passado, a repórter da Fox Sports México, María Fernanda Mora foi cercada por cerca de 8 homens e apalpada ao vivo durante uma cobertura de um jogo de futebol no país. A reação dela foi virar para empurrar o agressor.
@marifermora90 @ValMarinR Lamentable!!! María Fernanda Mora, reportera de @FOXSportsMX sufre agresiones físicas durante transmisión en vivo. pic.twitter.com/4U7V00KGNm
— Juan Solo (@JuanCuaucli) 26 de abril de 2018
Em fevereiro deste ano, a repórter do Fox Sports Karine Alves foi assediada ao vivo enquanto dava informações aos telespectadores a respeito do clássico entre Flamengo e Fluminense. Como reação, a repórter se esquivou e continuou a dar os detalhes do jogo.
Importunação sexual
No Brasil, a Lei 13.718/18 tornou crime este tipo de assédio. Em termos legais, a importunação sexual é definida como prática de ato libidinoso contra alguém sem a sua anuência “com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”. A pena prevista varia de um a cinco anos de prisão – se o ato não constituir crime mais grave.
Atos como passar a mão no corpo de alguém ou roubar um beijo passam a ser tipificados como crime de importunação sexual. Beijo à força ou qualquer outro ato consumado mediante violência ou grave ameaça, impedindo a vítima de se defender, de acordo com a mesma lei, configura crime de estupro. Beijo, portanto, só consentido.