Venezuela: eleitores no Brasil e no exterior participam de votação
Mesmo longe da Venezuela, eleitores imigrantes participaram da eleição deste domingo, que vai escolher o novo presidente da Venezuela
atualizado
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Eleitores da Venezuela que estão fora do país, sob a condição de imigrantes ou outras justificativas, foram às urnas neste domingo (28/7) para definir o futuro político venezuelano, que vive a expectativa de ver um novo presidente no poder após mais de dez anos, ou da manutenção do chavismo liderado por Nicolás Maduro.
Do Japão a Eslováquia, diversos venezuelanos compartilharam nas redes sociais o momento em que participaram do processo democrático, mesmo longe do território venezuelano.
Em Brasília, os manifestantes contrários ao regime de Maduro se reuniram em frente à embaixada da Venezuela no Brasil, o único local no país onde venezuelanos poderiam votar. Por volta das 18h deste domingo, o local já não apresentava grande movimento de eleitores ou pessoas protestando.
Uma outra manifestação contrária à Maduro foi marcada na Torre de TV, que foi inclusive divulgada por políticos de direita do Brasil como a deputada federal Carla Zambelli.
Há registros de venezuelanos exercendo o seu direito de voto na Austrália, Japão, Itália, Espanha, Colômbia, França, Grécia, Equador, Alemanha, Áustria, Eslováquia, Eslovênia, Suíça, Luxemburgo, Israel, Portugal, Estados Unidos, Brasil, Marrocos e outros países.
Apesar da onda de imigração de tomou conta da Venezuela nos últimos anos fazer com que mais de 7 milhões de pessoas deixassem do país, dados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) apontam que apenas cerca de 69 mil venezuelanos no exterior estavam aptos a participar da votação neste fim de semana.
Dados da ONG Venezuelanos no Brasil apontam que dos mais de 500 mil pessoas que cruzaram a fronteira rumo ao território brasileiro nos últimos anos, apenas um pouco mais de mil estavam aptas para votar.
Segundo eleitores venezuelanos que moram no exterior, o processo de registro para participar das eleições presidenciais deste domingo envolveu uma série de obstáculos, como problemas burocráticos.
Além disso, diversos protestos contra o governo de Nicolás Maduro foram registrados ao redor do mundo no mesmo dia em que o futuro político da Venezuela deve ser decidido.