Venezuela prendeu 120 estrangeiros por supostos atos terroristas
Número de estrangeiros presos na Venezuela por “atos terroristas” foi divulgado pelo ministro do Interior do país, Diosdado Cabello
atualizado
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O governo da Venezuela mantém mais de 120 estrangeiros presos no país, suspeitos de praticarem “atos terroristas” após as eleições presidenciais do país realizadas em julho do último ano. A informação foi divulgada pelo ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, nesta segunda-feira (6/1).
Segundo o ministro do regime chavista, entre os detidos estão cidadãos dos Estados Unidos, Peru, Colômbia, Espanha, Itália, Uruguai, Ucrânia, Suíca, República Checa, Líbano, Holanda, Albânia, Israel, Alemanha, Argentina, Iêmen e Guiana.
“Depois das eleições vieram queixas e detenções de cidadãos de várias nacionalidades. São mais de 120 cidadãos que estão detidos neste momento, de diferentes nacionalidades, pela execução de atos terroristas na Venezuela, atos de desestabilização ”, declarou o ministro de Maduro durante coletiva de imprensa.
Sem provas, o ministro chavista afirmou que tais estrangeiros são financiados pelo tráfico de drogas da Colômbia, supostamente liderado pelos ex-presidente do país Álvaro Uribe e Iván Duque.
Anteriormente, o governo Maduro já havia revelado a prisão de 19 estrangeiros, acusados de serem mercenários. Além disso, cerca de 500 armas foram apreendidas desde 14 de setembro.
O anúncio dos presos estrangeiros na Venezuela, acusados de tentar praticar atos terroristas para desestabilizar o país, aconteceu quase dias antes da posse presidencial e do embate entre Nicolás Maduro e Edmundo González.
Proclamado por autoridades chavistas como o presidente reeleito no país, a vitória de Maduro é contestada internacionalmente por falta de transparência. Enquanto isso, seu opositor alega te dados que comprovam a sua vitória, e promete retornar à Venezuela para assumir a presidência na próxima sexta-feira (10/1).
Em meio as incertezas sobre o futuro político venezuelano, que enfrenta uma crise desde a morte de Hugo Chávez, um líder mercenário dos Estados Unidos tem feito diversas ameaças contra Maduro.
Fundador da Blackwater, Erik Prince lidera uma iniciativa chamada “Ya Casi Venezuela”, que promete cumprir a vontade da população local e mudar o rumo do país.
Até o momento, no entanto, o projeto tem apenas arrecadado fundos por meio de uma vaquinha virtual.