Venezuela prende norte-americanos e espanhóis acusados de conspiração
Ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, acusou sem provas o grupo estrangeiro de entrar com 400 fuzis no país
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou, neste sábado (14/9), a prisão de três norte-americanos, dois espanhóis e um tcheco acusados de conspiração contra o país. A informação foi divulgada por meio do canal de televisão pública da Venezuela.
Cabello acusa o grupo de terem ligações com o Centro Nacional de Inteligência (CNI), serviço de inteligência espanhol, e que supostamente teriam a intenção de comprar armas e cometer homicídios.
“Dois cidadãos espanhóis foram presos em Puerto Ayacucho. José María Basoa Valdovinos e Andrés Martínez Adasme, próximos ao aeroporto de Puerto Ayacucho, em situação irregular, tirando fotos. Encontramos links em seus telefones com uma mulher chamada María Teresa Clavijo, de Aragua, líder do Vente Venezuela, ligada aos chamados comandos [grupos da oposição liderados por María Corina Machado]”, disse o ministro do Interior.
Sem apresentar provas, Diosdado Cabello acusou o grupo estranheiro de entrar no país com armas oriundas dos Estados Unidos. “Entraram 400 fuzis vindos dos Estados Unidos e pistolas, ligados à oposição. É apenas uma amostra do que foi recuperado, do que foi capturado em operações de inteligência. Tentaram entrar nele pela rota normal.”
As prisões aconteceram depois que o candidato de oposição à Presidência da Venezuela Edmundo González desembarcou na Espanha para pedir asilo, em decorrência da crise política e diplomática que vive o país da América do Sul.
González contesta a vitória do presidente Nicolás Maduro. A Justiça da Venezuela chegou a emitir um mandado de prisão contra o oposicionista.
Ameaças de mercenário
Na última segunda-feira (9/9), o empresário norte-americano Erik Prince, conhecido no mundo dos mercenários, fez uma nova ameaça contra o regime de Maduro e anunciou que uma ação deveria acontecer na Venezuela dentro de cinco dias, como mostrou o Metrópoles.
“Fiquem atentos todos os amantes da liberdade da Venezuela. Mais a seguir”, escreveu Erik Prince na legenda da publicação no X, com o link de uma página da iniciativa. O Metrópoles teve acesso ao conteúdo por meio de fontes no exterior.
Prince chegou a afirmar que a administração de Joe Biden deveria aumentar a recompensa pela cabeça do herdeiro político de Hugo Chávez para US$ 100 milhões, como formar de mostrar apoio a “liberdade e eleições legítimas” no país da América Latina.