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Venezuela: líder da oposição fala em “transição pacífica à democracia”

María Corina Machado teve candidatura barrada. Ela deu entrevista à imprensa em Caracas depois de votar neste domingo (28/7)

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Foto colorida de María Corina Machado, candidata da oposição na Venezuela - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de María Corina Machado, candidata da oposição na Venezuela - Metrópoles - Foto: Pedro Rances Mattey/Anadolu via Getty Images

María Corina Machado, principal líder da oposição ao governo de Nicolás Maduro, disse neste domingo (28/7), depois de votar em Caracas, que espera “uma transição pacífica em direção à democracia”. María Corina teve a candidatura à Presidência da Venezuela barrada, mas segue sendo um dos principais nomes da oposição.

Ela reconheceu que houve uma grande emigração de venezuelanos nos últimos anos em função da “falta de futuro” que a população enfrenta no país.

“Uma transição pacífica em direção à democracia significa que não somente esse fluxo de emigração pararia, mas milhões de venezuelanos voltaria para as suas casas”, afirmou a jornalistas.

“Somos uma Venezuela única e teremos instituições republicanas democráticas muito em breve”, completou.

Em recado a venezuelanos residentes no exterior que foram impedidos de votar, ela disse que “o dia chegará” em que todos os venezuelanos terão direito de votar, dentro e fora do país.

Candidato registrado foi o terceiro nome

María Corina foi impedida de disputar o pleito ou assumir qualquer cargo público por 15 anos, por decisão do Supremo Tribunal de Justiça em janeiro, alinhado ao governo venezuelano.

Em seguida, a coligação da oposição na Venezuela não conseguiu registrar Corina Yoris como candidata às eleições presidenciais contra Maduro. Com a negativa às duas, coube ao ex-diplomata de 74 anos Edmundo González representar a Plataforma Unitária Democrática (PUD).

Desde sua definição como candidato em abril, González viu seu apoio crescer rapidamente, saltando de 19,60% para mais de 50% em apenas um mês, com forte apoio de María Corina.

eleição de 2024 representa uma possível mudança significativa no cenário político venezuelano, com González sendo visto como a principal esperança de alternância de poder após mais de uma década de governo de Nicolás Maduro.

Hugo Chávez, antecessor de Maduro, ficou no poder de 1999 até 2013, com exceção de abril de 2003 quando sofreu uma tentativa de golpe. Já Maduro segue como presidente desde a morte de Chávez, devido a complicações de um câncer.

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