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Venezuela: MP pede prisão de Edmundo González, opositor de Maduro

Procuradoria-Geral da Venezuela confirmou o pedido de prisão para Edmundo González, opositor de Maduro nas eleições passadas

atualizado

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Imagem colorida mostra María Corina Machado e Edmundo González durante discurso na Venezuela - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra María Corina Machado e Edmundo González durante discurso na Venezuela - Metrópoles - Foto: Jesus Vargas/Getty Images

A Procuradoria-Geral da Venezuela pediu a prisão de Edmundo González, opositor do presidente Nicolás Maduro. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (2/9), mesma data do documento. González é o principal opositor a Maduro no país, concorreu às últimas eleições e, segundo a oposição, venceu o pleito.

A Procuradoria-Geral argumenta que González teria ignorado três intimações para que ele prestasse depoimento. O opositor é investigado pelos supostos crimes de usurpar funções de autoridades, incitação a atividades ilegais e falsificação de documentos oficiais. A Justiça ainda não se manifestou sobre o pedido de prisão. O órgão é aliado do atual presidente da Venezuela e tem forte influência do grupo chavista.

A possibilidade da prisão já tinha sido alertada a González  pela Procuradoria. O oposicionista, temendo a prisão, faltou às intimações. O Tribunal Supremo de Justiça convocou González e também outros candidatos da última eleição à presidência do país. O objetivo era que eles assinassem um documento com o reconhecimento à legalidade do resultado do pleito, divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Veja o documento com o pedido de prisão:

Imagem do pedido de prisão de González
Pedido de prisão

A divulgação do resultado por parte do CNE foi questionada por opositores e levantou dúvidas sobre a fidelidade da contagem dos votos. O principal motivo foi porque o CNE não apresentou as atas das eleições, documento que apresenta similaridades com o boletim de urna, emitido no Brasil. O papel permitiria uma conferência dos dados divulgados. A Justiça do país decidiu impor sigilo aos documentos.

González já temia ser preso. No domingo (25/8),  ele afirmou em uma rede social que se via “pré-acusado de crimes que não foram cometidos”. María Corina Machado, principal cabo-eleitoral de González, já tinha afirmado que o oposicionista “obviamente não irá comparecer” aos chamados para prestar depoimento.

Aviso

Maduro já tinha falado da possibilidade da prisão de Corina e González ainda durante o período de campanha eleitoral. Dias antes do pedido de prisão do opositor, na quarta-feira (2/8), em um discurso, ele tinha comentado de possíveis sanções ao opositor por não comparecer às intimações.

“O que aconteceria se o citam e não vai na primeira vez? O que acontece se não for na segunda? E na terceira? Gancho. O juiz está obrigado a aplicar a lei. Um cidadão que respeite a democracia, a República, a Constituição e as leis jamais pode se recusar a uma convocação judicial”, disse Maduro.

Após Maduro ser proclamado vencedor das eleições,  o país começou a enfrentar uma série de manifestações. Houve prisões e revides violentos contra os manifestantes.

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