Venezuela: autoridade eleitoral vê irregularidade em vitória de Maduro
Reitor do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) contestou a reeleição de Maduro e disse que votação foi marcada por irregularidades
atualizado
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O reitor do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) denunciou irregularidades nas eleições de 28 de julho na Venezuela, que indicaram a vitória de Nicolás Maduro. A revelação consta em um comunicado divulgado por Juan Carlos Delphino, nesta segunda-feira (26/8), na rede social X.
“Tudo o que aconteceu antes, durante e depois das eleições presidenciais aponta a gravidade da falta de transparência e veracidade dos resultados anunciados”, declarou Delphino. “Lamento profundamente que o resultado e o seu reconhecimento não sirvam a todos os venezuelanos, que não resolva as nossas diferenças e não promova a unidade nacional e que, em seu lugar, existam dúvidas subjacentes entre a maioria dos venezuelanos e a comunidade internacional sobre os resultados”.
De acordo com o reitor do CNE, o processo de votação foi marcado por uma série de episódios que descredibilizam a reeleição de Maduro.
Entre eles estão requisitos que limitaram a votação de venezuelanos no exterior, dificuldades em registros de candidaturas, a exclusão de alguns observadores internacionais e a não publicação das atas eleitorais.
Com isso, Delphino afirmou que declinou o convite do presidente do CNE, Elvis Amoros, para comparecer à proclamação da vitória de Maduro.
Além disso, o reitor do CNE rejeitou a investigação do Tribunal Superior de Justiça (TSJ), que referendou a vitória de Maduro na última quinta-feira(22/8). Segundo Delphino, a apuração devia ter sido feita pelo próprio órgão eleitoral, com uma auditoria imparcial dos dados eleitorais.