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Venezuela: Ban Ki-moon e ex-líderes pedem apoio à vitória de González

Eles afirmam que uma apuração de grande parte das urnas evidenciou derrota de Nicolás Maduro. Documento está disponível na íntegra

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Pedro Rances Mattey/Anadolu via Getty Images
Protest against reelection of Venezuelan President Maduro for 3rd term in Caracas
1 de 1 Protest against reelection of Venezuelan President Maduro for 3rd term in Caracas - Foto: Pedro Rances Mattey/Anadolu via Getty Images

Pessoas de renome internacional divulgaram uma carta na qual afirmam ter concluído que o vencedor das eleições na Venezuela foi o candidato oposicionista Edmundo González. Eles pedem apoio de líderes mundiais no sentido desse reconhecimento.

O texto também pede que a vontade popular seja respeitada. Entre os signatários estão o ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon; o campeão mundial de xadrez e presidente da Human Rights Foundation; e o líder da oposição venezuelana e cofundador do World Liberty Congress, Leopoldo Lopez.

A carta afirma que em uma contagem de 81% das seções eleitorais revelou que González obteve 67,1% dos votos válidos contra 30,4% do atual presidente Nicolás Maduro. “Os dados estatísticos e outras evidências são conclusivos de que González obteve uma vitória esmagadora”, diz trecho do documento

As eleições presidenciais da Venezuela foram realizadas no último dia 28. Na madrugada do dia seguinte, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou a vitória de Maduro. Ele teria obtido 51,5% dos votos. No entanto, a oposição questiona a apuração. Pesquisas indicavam ampla frente de González sobre Maduro. Apurações parciais divulgadas pela oposição também sustentam que o oposicionista foi o vencedor das eleições.

Desde então, Maduro tem sido pressionado a apresentar as atas, que são uma espécie de boletim de urna e servem de contra-prova ao resultado divulgado. O presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), Elvis Amoroso, afirmou que entregou, na segunda-feira (5/8), as atas de eleição ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). No entanto, os documentos não vieram a público. O CNE é uma das instituições aparelhadas por Maduro.

A comunidade internacional também pressiona pela divulgação dos documentos das eleições. O país passa por turbulências com uma série de manifestações contra os resultados divulgados. Elas têm sido reprimidas violentamente. O número de pessoas presas seria superior a 2 mil.

A íntegra da carta pode ser acessada aqui.

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