Veja quais foram os maiores desastres naturais do mundo em 2023
O ano de 2023 ficou marcado por terremotos, incêndios, inundações e tempestades, que deixaram rastros de destruição e desafios humanitários
atualizado
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Ao longo de 2023, diversas regiões do mundo foram impactadas por catástrofes naturais, deixando rastros de destruição e desafios humanitários. Desde um terremoto devastador que assolou a Turquia e a Síria, resultando em perda significativa de vidas, até incêndios avassaladores no Havaí e inundações recordes em Hong Kong, o mundo se viu sacudido por desastres.
Também um terremoto histórico no Marrocos e as inundações enormes desencadeadas pela tempestade Daniel na Líbia contribuíram para um ano marcado por tragédias naturais, destacando a vulnerabilidade das populações e a necessidade de respostas coordenadas e apoio global.
Confira, abaixo, os principais desastres naturais que afetaram o mundo em 2023:
Terremoto na Turquia
Em 6 de fevereiro, um terremoto atingiu a Turquia e a Síria, se tornando o sismo mais letal do século. A tragédia resultou na perda de mais de 50 mil vidas, deixando milhares de pessoas feridas e desabrigadas.
Conforme relatórios do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o epicentro do terremoto principal foi localizado a uma profundidade de 24km, na província turca de Gaziantep, com magnitude de 7,8 graus na escala Richter.
Uma sequência de tremores secundários abalou a região após o evento inicial, causando mais estragos. Cerca de 5,7 mil edifícios desabaram na Turquia, conforme relatado por agências de notícias locais. A situação foi agravada pelo fato de que milhões de pessoas vulneráveis e refugiadas já dependiam de assistência humanitária na região.
Incêndio no Havaí
Em agosto, os incêndios florestais em Maui, Havaí, se tornaram os mais letais nos Estados Unidos em décadas. As chamas, que começaram na cidade de Kula, a 35km de Lahaina, destruíram edifícios, casas e veículos, marcando uma tragédia sem precedentes no estado insular.
O desastre teve início após a meia-noite de 8 de agosto, quando um incêndio aconteceu em Kula. Condições climáticas adversas, combinadas com período prolongado de seca, resultaram em vegetação altamente inflamável, proporcionando um ambiente propício para incêndios de grandes proporções e de rápida propagação.
Inundações em Hong Kong
Em setembro, Hong Kong ficou paralisada por chuvas recordes, que resultaram em inundações generalizadas. As estações de metrô foram atingidas por alagamentos repentinos, enquanto motoristas ficaram retidos em estradas, levando as autoridades a pedirem que os cidadãos buscassem refúgio.
Imagens mostraram vítimas enfrentando águas turvas, com níveis chegando até o pescoço, enquanto as chuvas persistiam. As autoridades foram obrigadas a realizar operações de resgate para liberar motoristas encurralados em veículos devido ao aumento do fluxo de água, formando correntes.
Segundo o governo, essa foi a maior precipitação em tão pouco tempo registrada desde 1884.
Outro terromoto histórico, agora no Marrocos
No início de setembro, um terremoto de magnitude de 6,8 graus atingiu o centro do Marrocos, resultando em uma tragédia humanitária. De acordo com o Ministério do Interior, pelo menos 2.122 pessoas morreram , enquanto outras 2.421 ficaram feridas, com centenas em estado crítico.
O epicentro do abalo sísmico, originado nas montanhas do Alto Atlas, foi o mais intenso registrado na região em 120 anos, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
O terremoto resultou na destruição de muitos edifícios, casas com telhados arrancados e rachaduras nas ruas. A TV estatal Al Aoula informou ainda que partes das muralhas de Marrakech também foram danificadas.
Tempestade na Líbia, com enchente catastrófica
No meio de setembro, mais de 6 mil pessoas perderam a vida e outras 10 mil estavam desaparecidas devido às intensas chuvas desencadeadas pela tempestade Daniel, no nordeste da Líbia.
As fortes chuvas também resultaram no colapso de duas barragens, agravando ainda mais as áreas já inundadas. Esses números superaram a inundação registrada na Argélia em 1927, que causou quase 3 mil mortes, tornando o desastre na Líbia o mais letal registrado no Norte da África desde 1900.