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Veja como Zelensky pretende vencer guerra contra a Rússia até 2025

Ucraniano Volodymyr Zelensky apresentou um “plano” de cinco pontos que, segundo ele, podem garantir a vitória na guerra contra a Rússia

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1 de 1 Imagem colorida mostra o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky - Metrópoles - Foto: Arte/Metrópoles

Ainda que a guerra se arraste por dois anos e oito meses sem sinais de solução, o líder ucraniano Volodymyr Zelensky diz ser possível vencer o conflito contra a Rússia com base em um “plano”. A estratégia do presidente da Ucrânia foi apresentado nessa quarta-feira (16/10) ao Parlamento do país, e é um apelo por mais ajuda do Ocidente.

Classificado pelo presidente ucraniano como “plano da vitória”, o documento consiste em cinco pontos, entre militares, econômicos e de segurança, que, segundo ele, garantiriam um triunfo contra o exército de Vladimir Putin.

“Este plano é possível de implementar”, disse Zelensky em uma publicação no X. “Depende dos nosso parceiros. Não depende da Rússia. Todos veem que a Rússia não está buscando uma paz honesta. Putin é louco e só quer guerra”.

Entrada na Otan

Uma cobrança antiga de Zelensky é apontada como o principal ponto que garantiria a vitória da Ucrânia na guerra. No plano, o presidente ucraniano voltou a cobrar a entrada do país na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e condicionou um triunfo ao ingresso na aliança militar.

O líder ucraniano argumentou que uma possível adesão do país na Otan seria uma decisão benéfica não só para a Ucrânia, mas sim para outros países da região que podem entrar na mira de Putin no futuro.

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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial
Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido
Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros
A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
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Divulgação/Otan
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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial

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Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido

Otan
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Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria

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A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros

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A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia

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O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos

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A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis

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Na fase final da Guerra Fria, a organização passou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro

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Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais

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Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão

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Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005

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Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África

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Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa

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Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável

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“Somos uma nação democrática que provou que podemos defender os valores euro-atlânticos e nosso modo de vida compartilhado. Por décadas, a Rússia explorou a incerteza geopolítica da Europa, e o fato de a Ucrânia não ser membro da Otan”, disse Zelensky.

Apoio militar, participação de aliados e ataques contra a Rússia

Zelensky pediu mais apoio militar de parceiros do Ocidente, com investimentos em armamentos, no sistema de defesa aéreo do país e na produção de armas na Ucrânia.

Além disso, o presidente ucraniano defendeu a continuidade de ataques contra a Rússia, para que a população russa “realmente sinta o que é a guerra e, apesar de sua propaganda, comecem a voltar seu ódio para o Kremlin”. Para isso, Zelensky voltou a solicitar a liberação de ataques contra o território russo com armas de longo alcance transferidas por parceiros.

O líder ucraniano ainda defendeu uma maior participação de países vizinhos no conflito, em operações conjuntas para “derrubar mísseis e drones russos”.

De acordo com Zelensky, parceiros da Ucrânia receberam informações de quais seriam os objetivos e como eles seriam alcançados caso o pedido fosse aceito. A informação, no entanto, consta em um anexo confidencial do “plano de vitória”.

Dissuasão

Um plano de dissuasão é apontado como o terceiro ponto do “plano de vitória” de Zelensky, já que a Rússia “age agressivamente apenas quando está convencida de que não enfrentará uma resposta destrutiva adequada”.

Sem dar maiores detalhes, o presidente da Ucrânia propôs implantar um “pacote abrangente de dissuasão estratégica não nuclear” no país, o que, ainda segundo ele, faria a Rússia pensar duas vezes antes de atacar seu território.

De acordo com Zelensky, Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália e Alemanha já receberam detalhes sobre como tal ponto do plano pode colocado em prática.

Proteção de recursos e investimentos

A área econômica também foi citada na estratégia de Zelensky, que pediu proteção aos recursos do país e um maior investimento de aliados. O presidente ucraniano disse que este ponto do plano contribuiria não só para a autonomia da Ucrânia, mas também na “segurança da Europa” e o enfraquecimento da Rússia.

Para isso, os Estados Unidos e parceiros da União Europeia foram instados a assinarem um acordo econômico que envolvesse proteção de recursos e investimentos no país.

“Isto também é paz por meio da força – força econômica”, declarou Zelensky. “Este acordo naturalmente complementará e reforçará o sistema existente de pressão econômica sobre a Rússia, incluindo todas as sanções atuais, o teto do preço do petróleo, restrições de exportações para a Rússia e outras medidas de pressão”.

Pós-guerra e experiência militar

O quinto, e último ponto do “plano de vitória” de Zelensky, diz respeito à experiência conquistada pelas forças da Ucrânia durante o conflito e como isso pode ser utilizado no período pós-guerra.

Segundo o líder ucraniano, seus solados com “experiência real em guerra moderna, experiência bem-sucedida no uso de armamento ocidental e experiência diversa em cooperação com as forças da Otan” podem substituir contingentes militares dos EUA, espalhados pela Europa.

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