Veja as novas sanções anunciadas por Biden contra a Rússia
Na prática, essa é uma tentativa de isolar o presidente russo, Vladmir Putin, e frear os bombardeios no país do Leste Europeu
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou novas sanções contra a Rússia. Essa é mais uma tentativa do governo norte-americano de frear a investida do presidente russo, Vladimir Putin (foto em destaque).
Nesta quinta-feira (24/2), em pronunciamento transmitido ao vivo de Washington, Biden garantiu que a Rússia será penalizada e impôs novas sanções econômicas. “A agressão de Putin vai custar muito à Rússia”, iniciou.
Veja as restrições:
- Limite à capacidade da Rússia de fazer negócios em dólares, libras, euros e ienes;
- bloqueio às empresas estatais da Rússia dos mercados de dívida;
- corte do maior banco da Rússia do sistema financeiro dos EUA;
- bloqueio de metade das importações de alta tecnologia da Rússia;
- congelamento de ativos da Rússia nos EUA.
“Vamos limitar a habilidade da Rússia em negociar em dólares, libras e outras moedas. Impediremos as negociações de tecnologia e industrial. Fazemos sua moeda [Rublo russo] atingir seu valor mínimo. Temos agora US$ 1 trilhão de bens congelados. Um terço dos bancos russos estão cortados, incluindo o segundo maior banco da Rússia”, resumiu.
Na prática, essa é uma tentativa de isolar o presidente russo e frear os bombardeios no país do Leste Europeu.
Outras sanções
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que o bloco prepara um novo pacote de sanções econômicas contra a Rússia. A ideia inicial é dificultar o acesso do país a capitais financeiros estrangeiros e restringir a indústria de tecnologia.
“Putin ordenou ações atrozes contra um país soberano, um povo inocente. O que está em jogo é a ordem. Putin traz a guerra de volta à Europa. O povo russo não quer essa guerra.”
Bombardeios
Os bombardeios russos se intensificaram nas últimas horas e as tropas já se aproximam de Kiev, capital ucraniana e coração do poder do país. Além disso, os militares tomaram o controle da região onde ficava a usina radioativa de Chernobyl.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, 74 instalações militares ucranianas foram destruídas até o momento, incluindo 11 bases aéreas.
Líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia condenaram os ataques russos à Ucrânia. As instituições consideraram este como o maior bombardeio desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
Ataques
A invasão russa ocorreu na madrugada desta quinta-feira (24/2), horário de Brasília. Logo em seguida, as sirenes da capital Kiev começaram a tocar. O som foi o primeiro alerta à população sobre um possível ataque aéreo. O aeroporto da cidade foi esvaziado e teve os voos suspensos.
Na Ucrânia, há registros de ataques vindos da Bielorrússia e Crimeia, região anexada pela Rússia. Militares ucranianos afirmam ter abatido cinco aviões russos, além de um helicóptero, na região de Luhansk, um dos dois territórios separatistas da Ucrânia.
Putin alertou para que nenhum outro país interfira na ofensiva russa na região separatista da Ucrânia. “Quem tentar interferir ou criar ameaças para o nosso país e nosso povo deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história.”
Na manhã desta quinta, uma segunda onda de mísseis teria atingido a Ucrânia. O governo ucraniano fala em oito mortos e diz que está respondendo aos ataques.