Vaticano diz que saúde do papa Bento XVI não é “motivo de preocupação”
A Santa Igreja se pronunciou após reportagem indicar que a saúde do papa emérito esta “extremamente frágil”
atualizado
Compartilhar notícia
O Vaticano tranquilizou os fiéis nesta segunda-feira (3/8) sobre o estado de saúde do papa emérito Bento XVI. A Santa Igreja resolveu se posicionar após divulgação do diário alemão Passauer Neue Presse que cita o biógrafo Peter Seewald, falando que a saúde do pontífice era considerada “extremamente frágil“.
“Segundo informado pelo secretário pessoal [de Bento XVI] Georg Gänswein, a condição de saúde do papa emérito não é motivo de preocupação especial. “A não ser aquela para um idoso de 93 anos que está superando a fase mais aguda de uma doença dolorosa, mas que não é grave”, disse a sala de imprensa do Vaticano.
A reportagem do Passauer Neue Presse, relata que o papa emérito sofre de erisipela no rosto. A doença é caracterizada por um inchaço e vermelhidão que causa coceira e dor intensas. “Sua capacidade intelectual e memória não foram afetadas, mas sua voz é quase inaudível no momento”, descreve o jornal, que cita o biógrafo do religioso, Peter Seewald, como fonte.
O escritor teria se encontrado com Bento XVI nesse sábado (1º/8) para apresentar uma nova biografia sobre o papa alemão. “Ratzinger parecia otimista, apesar da doença”, completa o jornal.
O papa emérito Bento XVI leva uma vida reservada em um pequeno mosteiro do Vaticano desde 2013. Ele foi o primeiro pontífice a renunciar em quase 600 anos, alegando motivos de saúde.
Sobre a erisipela
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a erisipela é uma condição inflamatória que atinge a derme e o panículo adiposo (tecido celular subcutâneo) da nossa pele, com grande envolvimento dos vasos linfáticos.
Ela representa uma forma superficial da celulite, pois atinge predominantemente a derme e a parte superior da gordura subcutânea. Acomete, predominantemente, os membros inferiores de pacientes da terceira idade, cuja circulação venosa e linfática estão debilitadas. Porém, pode atingir pessoas de qualquer idade e outras regiões da pele.
A principal bactéria envolvida é o Estreptococo beta-hemolítico do grupo A, porém, outras bactérias também podem estar envolvidas. Pessoas com baixa condição imunológica, obesas e com má circulação são as mais suscetíveis.
O tratamento precisa ser iniciado o mais breve possível, tendo como base o uso de antibióticos, repouso, elevação do membro afetado e tratar o fator desencadeante. Em alguns casos é necessário cirurgia, para remover e drenar áreas inflamadas ou com necrose.