Variante Delta: EUA volta a registrar 100 mil novos casos de Covid
Impacto da variante mais contagiosa do coronavírus provoca retrocesso do controle da pandemia no país. Mortes diárias também aumentaram
atualizado
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Os Estados Unidos passaram a registrar uma média diária de 100 mil novos casos de Covid-19, em um retorno a marcas que o país havia deixado para trás, e que demonstra o impacto da variante Delta do coronavírus. De acordo com o Estadão, a partir de material da Associated Press, o último dado diário apresentou 107.143 infecções, nível que esteve próximo dos 11 mil novos casos no final de junho.
A média de sete dias para novas mortes diárias também aumentou, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. Nas últimas duas semanas, passou de cerca de 270 mortes por dia para quase 500 na última sexta-feira (6/8).
O avanço nas infecções é liderado especialmente por estados do sul do país. A Florida lidera em novas hospitalizações, mas o governador local, o republicano Ron DeSantis, definiu uma nova regra estadual. Ela vai se opor aos mandados de máscaras nas escolas, permitindo que os pais solicitem vouchers para estabelecimentos particulares se acharem que os requisitos equivalem a “assédio”, segundo o New York Times.
Em uma disputa com o governo federal, o líder afirmou nesta semana que “podemos ter uma sociedade livre, ou podemos ter um estado de segurança biomédica”.
Itália
Enquanto isso, na Itália foram emitidos 6,7 milhões de “passes verdes”, anunciou o ministro da Saúde do país, Roberto Speranza em seu Facebook. Os comprovantes passarão a ser exigidos para o ingresso em uma série de espaços, como museus e universidades. Segundo Speranza, o número de emissões “é o sinal da grande colaboração e sentido de responsabilidade dos italianos”. O passe comprova a imunização ou o teste com resultado negativo para a Covid-19.
Já a agência europeia de medicamentos (EMA, na sigla em inglês) recomendou que seja atualizada a informação sobre a vacina da Johnson & Johnson para incluir a trombocitopenia imune como uma “reação adversa”. Em comunicado, a EMA aconselhou que fosse mencionada no plano de gestão de como um “risco importante identificado”.
A reação é uma condição na qual o sistema imunológico ataca e destrói erroneamente as células sanguíneas, necessárias para a coagulação normal. No entanto, a agência reiterou que o balanço entre riscos e benefícios da vacina segue inalterado.
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