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Vacina de reforço derruba contaminações da Covid em Israel

Taxa de infecção na Terra Santa chega ao menor nível desde julho. País espera aplicar doses em crianças de 5 a 11 anos antes do fim do ano

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Dose de reforco em Israel 3
1 de 1 Dose de reforco em Israel 3 - Foto: Carolina Rizzo/Especial Metrópoles

Jerusalém (Israel) – Quase três meses depois de aprovar a aplicação da terceira dose da vacina da Pfizer na população, o governo israelense começa a colher os frutos da iniciativa. No último domingo (24/10), o Ministério da Saúde do país divulgou que a taxa de positividade de infecções por Covid-19 caiu para menos de 1% pela primeira vez desde julho, totalizando 0,73% dos testados.

O índice revela quantas pessoas são infectadas, em média, para cada portador do vírus, ou seja, 100 infectados passaram o Sars-Cov-2 para 73 pessoas.

Os dados divulgados também revelam que existem hoje 284 casos graves da doença no país – menos da metade que os 704 registrados há um mês. O número total de mortos pelo coronavírus em Israel desde o início da pandemiaé de 8.046 pessoas.

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Cidadãos israelenses voltam ao dia a dia normal depois da dose de reforço
Cena do dia a dia em Israel
Dose de reforço ajudou a diminuir número de contaminações e mortes no país
Vida praticamente retornou à normalidade em Israel
Doses de reforço em crianças são discutidas em Israel
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Dose de reforço em Israel: saída acabar com a Covid-19

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Cidadãos israelenses voltam ao dia a dia normal depois da dose de reforço

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Erica Krieger-Akerman pegou Covid-19 mesmo depois de ter tomado duas doses

Arquivo pessoal

Mesmo com mais da metade da população completamente vacinada com as duas doses da vacina da Pfizer, a variante indiana Delta fez com que o número de casos de Covid-19 no país disparasse de 0, no dia 9 de junho, para mais de 22 mil, no dia 8 de setembro.

A gerente de relacionamento com o cliente Erica Krieger-Akerman foi uma das vítimas da mutação. Mesmo imunizada com as duas doses da vacina da Pfizer, ela, o marido e a filha de 2 anos e meio anos foram contaminados pelo vírus em agosto.

“No primeiro dia tive febre de 39 graus e cansaço. Depois, passei a ter muita dor de cabeça. Foi aí que a minha médica me mandou fazer o exame para a Covid-19, porque a cefaleia seria um sintoma da variante Delta. Depois perdi o olfato e parte do paladar, mas em 10 dias já estava melhor. Com certeza só me recuperei porque já estava imunizada”, conta a gerente. Já a filha e o marido quase não apresentaram sintomas.

Até o momento, mais de 6,2 milhões dos 9,2 milhões de israelenses receberam pelo menos uma dose de vacina da Pfizer, mais de 5,7 milhões receberam duas, e cerca de 4 milhões receberam a dose de reforço.

Doença menos agressiva

Ao Metrópoles, Ido Hadari, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Maccabi, uma das maiores seguradoras de saúde do país, disse que as pessoas que tomaram a vacina e estão se contaminando com a variante Delta se encontram muito menos doentes do que as que não tomaram. Ele também explicou por que a dose de reforço não vai ser procurada na mesma proporção que as demais.

“Com certeza, vai levar mais tempo para vacinar toda a população com a dose de reforço, até porque o senso de urgência não está muito alto. As pessoas já se sentem protegidas com as duas doses”, analisa Hadari.

Apesar dos números positivos, a chefe de Medicina Pública do ministério, Dra. Sharon Alroy Preis, demonstrou cautela em relação a novas cepas do vírus. “Estamos preocupados com variantes resistentes à vacina que possam chegar de outros países. O risco de morbidade vem de pessoas que não foram vacinadas e de novas mutações que possam surgir”, disse ela à imprensa local.

Uma das preocupações é com a subvariante do coronavírus Delta, conhecida como AY4.2, e que foi detectada em seis pessoas em território israelense. O que se sabe até o momento é que ela é 15% mais infecciosa do que a variante original, mas não mais mortal.

Antevendo uma quinta onda de Covid-19 no país, o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, anunciou um orçamento de 10 bilhões de shekels, o que equivalente a R$ 17,5 bilhões, para o enfrentamento de uma nova crise. O objetivo é criar uma rede de segurança econômica e sanitária que preparasse o país para futuras ondas.

Crianças

Um dos gargalos para o aumento da porcentagem de pessoas vacinadas em Israel são as crianças. Cerca de um terço da população de pouco mais de 9 milhões de pessoas em Israel tem menos de 17 anos. E só pode tomar a vacina quem tem mais de 12 anos. Por isso, mesmo com a vacinação em massa, o país está atrás de muitos outros em termos de população total atingida.

As crianças em idade escolar continuam a constituir mais da metade dos casos ativos no país. Para melhorar os índices de vacinação de vez, o Ministério da Saúde aguarda que a autoridade sanitária dos Estados Unidos, a FDA, autorize a vacinação em crianças de 5 a 11 anos, o que pode ocorrer ainda esta semana.

No último domingo (24/10), o responsável pela Secretaria do Coronavírus, Salman Zarka, disse à rádio 103FM que as crianças israelenses provavelmente receberiam a vacina na segunda quinzena de novembro, caso o imunizante fosse aprovado para a faixa etária.

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