Uruguai tem aumento no número de mortes e vive pior fase da pandemia
No início de 2020, o país era considerado um exemplo mundial em relação à contenção do novo coronavírus
atualizado
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No Uruguai, o novo coronavírus se tornou o maior causador de mortes no país nas últimas semanas. Vale ressaltar que no início da pandemia, a região chegou a ser considerada um exemplo, tendo em vista o aumento de casos em outros pontos do globo e a gradativa diminuição de infectados.
O país chegou a zerar a taxa diária de novas contaminações.
De acordo com os últimos dados referentes à Covid-19, o Uruguai registrou uma média de 3 mil novos casos por dia, além de 50 mortes a cada 24 horas. Na quinta-feira (15/4), o país chegou a pontuar 79 óbitos.
Os novos índices colocam o Uruguai como uma das maiores taxas de infecções diárias no mundo, segundo o Grupo Uruguaio Interdisciplinar de Análises de Dados da Covid-19 (Guiad). Além disso, o país é o local da América Latina com mais mortes por mil habitantes.
Tendo em vista que os números estudados fazem menção a um país de tamanho menor em relação a outros, como o Brasil, por exemplo, isso significa possibilidade de resultados de contaminação e índices de mortalidade ainda maiores.
No Uruguai, o total de mortos é 1.726 – 47 por 100 mil habitantes. No caso da Argentina, são 130 mortes a cada 100 mil habitantes, e no do Brasil, 170 que perderam a vida para o vírus por 100 mil pessoas.
Uma das razões que podem ter motivado o aumento de casos confirmados e de vítimas do vírus é o relaxamento da população. Ou seja, em 2020, quando os números foram reduzidos, muitas pessoas diminuíram as práticas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde para conter o Sars-Cov-2.
É válido destacar que, desde o início da pandemia, o governo uruguaio não decretou lockdown em diversas regiões, por se mostrar a favor da “liberdade responsável”. No entanto, neste momento, o presidente Luis Lacalle suspendeu aulas presenciais e eventos públicos.
No Uruguai, 29% da população recebeu a primeira dose do imunizante contra a Covid-19 e 7% também receberam a segunda dose da vacina.