União Europeia estuda barrar visitantes de Brasil, EUA e Rússia
Uma decisão final sobre a reabertura das fronteiras é esperada no início da próxima semana, antes que o bloco seja reaberto em 1º de julho
atualizado
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Como forma de barrar o avanço do coronavírus, os países da União Europeia se preparam para impedir a entrada de visitantes do Brasil, dos Estados Unidos e da Rússia. De acordo com informações do New York Times, o veto faria parte de medidas do bloco europeu para reabrir fronteiras e reaquecer a economia local.
No momento, a União Europeia está discutindo discutindo duas listas de visitantes aceitáveis, com base em como os países estão se saindo no combate à pandemia de coronavírus. Ambos incluem a China, Uganda, Cuba e Vietnã.
Desde meados de março, viajantes foram proibidos de visitar os países da UE. Só eram permitidas poucas exceções, principalmente para repatriações ou “viagens essenciais”. Mas uma decisão final sobre a reabertura das fronteiras é esperada no início da próxima semana, antes que o bloco seja reaberto em 1º de julho.
“Essa perspectiva, que colocaria visitantes americanos com russos e brasileiros como indesejáveis, é um duro golpe para o prestígio americano no mundo e um repúdio ao enfrentamento do vírus por parte do presidente (Donald) Trump nos Estados Unidos, que tem mais de 2,3 milhões de casos e mais de 120 mil mortes, mais do que qualquer outro país”, afirma o jornal.
Repercussão
O presidente Jair Bolsonaro, assim como Vladimir V. Putin e Donald Trump, seguiram o que os críticos chamam de caminho comparável em suas respostas à pandemia que deixa os três países em um ponto igualmente ruim: “Eles foram desdenhosos no início da crise, lentos em responder aos pareceres científicos e viram um boom de casos domésticos, enquanto outras partes do mundo, principalmente na Europa e na Ásia, estavam lentamente conseguindo controlar seus surtos”, diz o jornal.
A lista
Uma vez que os diplomatas concordem com uma lista final, ela será apresentada como uma recomendação no início da próxima semana antes de 1º de julho. A UE não pode forçar os membros a adotá-la, mas autoridades europeias alertam que a falha de um dos 27 membros em segui-la levará à reintrodução de fronteiras dentro do bloco.