Uma pessoa morreu e 19 ficaram feridas após atropelamento em Virgínia
Donald Trump condena violência na Virgínia; governador decreta emergência
atualizado
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Uma pessoa morreu e ao menos 19 ficaram feridas depois que um carro atropelou pessoas que estavam protestando pacificamente contra manifestantes supremacistas neste sábado na cidade de Charlottesville, no estado de Virgínia (EUA), informou o Hospital Universitário de Virgínia.
O incidente ocorreu cerca de duas horas depois de violentos conflitos entre supremacistas brancos que se reuniram para protestar contra os planos da cidade de remover uma estátua do general Confederado Robert E. Lee e outros manifestantes que chegaram para protestar contra o racismo.
Centenas de pessoas trocaram socos, chutes, lançaram garrafas e spray químicos. Muitos estavam munidos de paus e ferros. O governador do estado, Terry McAuliffe, declarou o estado de emergência e a polícia ordenou que as pessoas fossem embora.O governador do estado norte-americano da Virginia, Terry McAuliffe, decretou estado de emergência por causa dos confrontos entre ultranacionalistas de maioria branca e grupos antifacistas na cidade de Charlosttesville. Com protestos realizados nessa sexta-feira (11) e novos protestos hoje (12) de manhã o chamado União da Direita entrou em confrontos com grupos antifacistas. Tropas policiais de choque foram usadas para tentar conter os ataques entre os grupos opostos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também condenou a violência dos manifestantes. No Twitter, ele escreveu: “Todos nós devemos estar unidos e condenar tudo o que representa o ódio. Não há lugar para esse tipo de violência na América. Vamos juntos como um!”.
Conflito inter-racial
O enfrentamento começou durante protestos de ontem, liderados pelo grupo União de Direita. Centenas de homens e mulheres participam das manifestações contra uma decisão da prefeitura de remover uma estátua do general confederado Robert E. Lee, um dos símbolos do movimento separatista dos Confederados.
Durante a Guerra Civil americana, entre 1861 e 1865, a Região Sul dos Estados Unidos, que reunia estados sulistas contrários a abolição da escravatura, tentaram a independência. Mesmo derrotado na Guerra da Secessão, alguns estados do Sul como a Virgínia, Norte Carolina e Sul Carolina, bem como Alabama e Georgia têm até hoje defensores dos confederados que aglutinam extremistas direita.
Os manifestantes que marcharam pela supremacia branca e contra a remoção da estátua, gritaram saudações nazistas e palavras de ordem contra negros, imigrantes, homossexuais e judeus.
Nos protestos que ocorreram à noite foram usadas tochas e alguns manifestantes cobriram o rosto. As tochas são um dos símbolos do KKK, Ku Klux Klan, um grupo formado depois da guerra civil americana por soldados das tropas confederadas. O KKK foi um dos grupos que se levantaram contra o movimento pelos direitos civis liderados pelos negros americanos, no Sul dos Estados Unidos.