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Acusado de fraude, ex-CEO da Americanas é solto na Espanha

De acordo com a defesa do executivo, Gutierrez está “no mesmo endereço comunicado desde 2023 às autoridades espanholas”, em Madri, Espanha

atualizado

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Miguel Gutierrez
1 de 1 Miguel Gutierrez - Foto: Reprodução

Ex-CEO da AmericanasMiguel Gutierrez (foto em destaque) foi solto um dia após ser preso em Madri, na Espanha. “Está no mesmo endereço comunicado desde 2023 às autoridades espanholas e brasileiras, onde sempre esteve à disposição dos diversos órgãos interessados nas investigações em curso”, informou a defesa de Gutierrez neste sábado (29/6).

Gutierrez foi um dos alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada na quinta-feira (27/6). Os policiais saíram às ruas para cumprir mandados de prisão contra o ex-CEO e a ex-diretora da Americanas Anna Christina Ramos Saicali. Ambos, porém, estão fora do país.

O ex-CEO foi preso nessa sexta-feira (28/6), em Madri. Após passar por audiência de custódia, acabou solto, mas terá de cumprir algumas exigências determinadas pela Justiça. Ele precisará comparecer perante as autoridades a cada 15 dias e deve entregar o passaporte. Também não pode sair da Espanha.

Na nota divulgada neste sábado, a defesa do ex-executivo reiterou que “Miguel jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios, manifestando uma vez mais sua absoluta confiança nas autoridades brasileiras e internacionais”.

De acordo com investigações da PF e do Ministério Público Federal (MPF), o ex-CEO da varejista é suspeito de ter participado das fraudes no balanço da companhia “desde o seu planejamento até a publicação dos resultados”.

A PF afirmou, em seu pedido de prisões e buscas e apreensões contra ex-executivos da Americanas, que a cúpula da empresa não “media esforços para enganar o mercado financeiro” por meio de fraudes contábeis que escondiam os resultados negativos da varejista e garantiam lucros aos seus diretores.

“Documentos e planilhas eram falsificados, dívidas contraídas com os bancos eram escondidas do balanço e créditos inexistentes eram criados e lançados na contabilidade da companhia”, afirma a PF no pedido que resultou na Operação Disclosure, deflagrada na quinta-feira (27/6) contra 14 investigados.

Ex-diretora volta de Portugal

Acusada também de participar da fraude, a ex-diretora da Americanas Anna Christina Ramos Saicali vai se entregar à Polícia Federal (PF) neste domingo (30/6), no Rio de Janeiro. Há duas semanas, mais exatamente no dia 15 de junho, a executiva viajou para Portugal e, dias depois, foi incluída na lista de foragidos internacionais da Interpol.

 

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