Ucrânia treina civis para defesa em caso de invasão da Rússia. Fotos
Civis, incluindo idosos e crianças, foram fotografados durante treinamentos militares na capital ucraniana Kiev
atualizado
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A Rússia segue negando vontade de ir para a guerra. No entanto, sem sinais de o governo russo ceder à tensão causada a nível global, ucranianos se viram forçados a iniciar estratégias de defesa.
Milhares de civis participaram, na capital ucraniana Kiev, de treinos para combate criados e administrados pelo governo e por grupos paramilitares privados.
A iniciativa integra o plano estratégico de defesa do país no caso de uma possível invasão pela Rússia.
Imagens mostraram homens e mulheres aprendendo a segurar armas, a se posicionar e fazer os disparos. Entre os participantes havia idosos e crianças.
Descartando qualquer objetivo de superar o poderio militar russo, algo praticamente impossível para a Ucrânia, a ação é para criar uma forma de resistência civil.
“Se formos ocupados, e espero que isso não aconteça, nos tornaremos a resistência nacional”, afirmou ao jornal The New York Times a médica Marta Yuzkiv, que se inscreveu para participar do treinamento.
Invasão a qualquer momento
Altos funcionários dos Estados Unidos reiteraram, nesse domingo (13/2), que os russos poderiam atacar a Ucrânia “a qualquer momento”.
A afirmação ocorreu um dia após uma conversa por telefone entre os presidentes Joe Biden e Vladimir Putin.
O diálogo entre os dois presidentes “certamente não mostrou que as coisas estivessem se movendo na direção correta”, disse à Fox o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
“Não há sinais de que Putin tenha a intenção de aliviar as tensões”, acrescentou. “Acreditamos que uma ação militar importante poderia ocorrer a qualquer momento”.
Soldados na fronteira
A Rússia concentrou desde novembro mais de 100 mil soldados na fronteira com a Ucrânia.
Com o início de manobras militares em Belarus e no Mar Negro nos últimos dias, ficou claro que o país vizinho ficou cercado.
Nos últimos dias, intensificaram-se os esforços diplomáticos para tentar evitar uma guerra na Ucrânia. No entanto, continua incerto que Putin opte pelo diálogo.