Ucrânia: sobrevivente de ataque à maternidade em Mariupol dá à luz
Ao todo, 17 pessoas, entre mulheres e bebês, ficaram feridas – e três morreram – no bombardeiro que ocorreu na última quarta-feira (9/3)
atualizado
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Na última quarta-feira (9/3), o mundo se chocou com um ataque russo à maternidade na cidade costeira de Mariupol. Ao menos 17 pessoas, entre mães e bebês, ficaram feridas, e três morreram. Algumas precisaram ser retiradas dos escombros do prédio.
Uma das gestantes que estava internada na unidade atingida deu à luz nesta sexta-feira (11/3). A recém-nascida está saudável e foi batizada de Veronika.
Veja a imagem da mãe com a criança:
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, descreveu o ataque como uma “atrocidade”, um “crime de guerra” e “prova definitiva de genocídio contra os ucranianos”. A Rússia nega ataques e diz que é alvo de fake news.
Muitas das mulheres grávidas presentes no hospital estavam se escondendo o porão no momento do bombardeio, por ordem das autoridades do hospital, movimento indicativo do duro bombardeio sofrido pelos cidadãos de Mariupol desde a semana passada e que provavelmente salvou muitas vidas.
O conselho da cidade de Mariupol disse que o hospital sofreu danos “colossais”. Imagens de vídeo do rescaldo do ataque mostraram que grandes partes do hospital desabaram completamente, enquanto colchões encharcados de sangue eram retirados.
Repercussão
O Vaticano se uniu ao coro de condenações contra o ataque. “O bombardeio em maternidade é inaceitável e não há motivações”, reclamou o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin.
Antes, Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, reagiu com dureza ao ataque. Em conversa com jornalistas na sala de imprensa, em Washington, Psaki classificou o bombardeio como “crime horripilante e caso bárbaro”.