Ucrânia pede área de cessar-fogo na tentativa de frear bombardeios
País acusa a Bielorrússia de traição, o que teria facilitado a Rússia iniciar os ataques iniciados na madrugada desta quinta-feira (24/2)
atualizado
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O embaixador da Ucrânia no Reino Unido, Vadym Prystaiko, apresentou um balanço dos ataques russos ao território ucraniano. Após sucessivos bombardeios, Prystaiko adiantou que o país tenta junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) negociar uma área de cessar-fogo.
Em pronunciamento, transmitido ao vivo de Londres, o embaixador afirmou que é “um momento dramático” e que o governo ucraniano está tentando estabelecer uma solução pacífica. O país acusa a Bielorrússia de traição, o que teria facilitado a Rússia iniciar os bombardeios.
“Temos que entender como vamos retirar as pessoas da Ucrânia sem nos esquecer que o espaço aéreo está fechado”, resumiu.
“Queremos uma área de cessar-fogo. É um movimento dramático. Não vou dizer que vai sair agora, mas teremos uma conversa radical. Estamos usando os equipamentos que nos foram disponibilizados e estamos tentando destruir os taques russos”, afirmou nesta quinta-feira (24/2).
O Ministério da Defesa da Ucrânia fará uma série de reunião ao longo da tarde para tratar de como frear a investida militar do presidente russo, Vladimir Putin.
Segundo o embaixador, a Rússia tem atacado pontos de abastecimento de combustíveis e destruindo obra de infraestrutura, como pontes e estradas. “Estamos usando as ferramentas que nos foram disponibilizadas e estamos tentando destruir os tanques russos”, finalizou.
O governo ucraniano afirma ter sofrido ao menos 203 ataques russos desde o início da invasão, no início desta quinta-feira. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Defesa da Ucrânia.
As autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. No início da manhã, soldados russos teriam sido feitos prisioneiros.
Putin alertou para que nenhuma outra nação interfira na investida do país na região separatista da Ucrânia. “Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, assinalou.
Otan em alerta
Líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia condenaram os ataques russos à Ucrânia. As instituições consideraram o bombardeio o maior desde a 2ª Guerra Mundial (1939-1945).
As entidades voltaram a defender a “liberdade, a democracia e a paz”. Além disso, prometeram retaliações.
Em pronunciamento, transmitido ao vivo de Bruxelas, Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, afirmou que o bombardeio é “tolo” e que essa é uma violação internacional inadmissível.