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Ucrânia faz maior ataque com drones à Rússia desde o início da guerra

Ucrânia atacou os russos com drones, na maior ofensiva do tipo desde o início da guerra. O Kremlin também mandou drones para Kiev

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Imagem colorida mostra pessoas observando drone russo que foi abatido sobre Kiev, na Ucrânia - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra pessoas observando drone russo que foi abatido sobre Kiev, na Ucrânia - Metrópoles - Foto: Oleksii Chumachenko/Anadolu Agency via Getty Images

As últimas horas de terça-feira (29/8) e as primeiras de quarta (30/8) viram fortes ataques de Ucrânia e Rússia em território inimigo. O Ministério da Defesa russo confirmou que drones ucranianos avançaram sobre seis regiões russas. Enquanto isso, autoridades ucranianas apontaram o maior ataque aéreo russo a Kiev desde a primavera. Duas pessoas morreram.

No primeiro caso, a ofensiva de drones ucranianos foi o maior em solo russo desde o início da guerra entre as duas nações, em fevereiro de 2022. Um aeroporto na região oeste de Pskov foi atacado, enquanto drones acabaram abatidos em Moscou, Oryol, Bryansk, Ryazan e Kaluga.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em Pskov, que fica a 600 km da capital Moscou, o ataque provocou um enorme incêndio, com a destruição de quatro aviões de carga, de acordo com a agência de notícias estatal russa Tass. O governador da região, Mikhail Vedernikov, cancelou voos. Segundo ele, o fogo foi contido e não houve vítimas.

Já em Kiev, a ofensiva aérea russa matou duas pessoas e deixou três feridos. Drones de combate atingiram prédios e uma via férrea na região central de Zhytomyr.

Liudmyla Savchuk, professora de 57 anos, em entrevista à Reuters, contou que seu apartamento foi atingido. “A onda de choque quebrou todas as janelas, as portas de entrada também estão quebradas. Estávamos terrivelmente assustados”, afirmou.

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