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Ucrânia faz apelo pela abertura de corredor humanitário em Mariupol

vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, pediu urgência para retirar “mulheres, crianças e outros civis”

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Imagem da cidade de Mariupol atacada por russos
1 de 1 Imagem da cidade de Mariupol atacada por russos - Foto: Satellite image (c) 2022 Maxar Technologies
A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, fez um apelo para abertura de um corredor humanitário entre Mariupol e Berdyansk. Vereshchuk, nesta segunda-feira (18/4), pediu urgência para retirar “mulheres, crianças e outros civis”.
“A recusa em abrir esses corredores humanitários será motivo para culpar todos os envolvidos de crimes de guerra”, frisou.
Sitiada há mais de 40 dias e sob fortes bombardeios, Mariupol se tornou o maior retrato da devastação que uma guerra pode causar (foto em destaque). Segundo a prefeitura, 90% dos prédios foram danificados, e 40%, destruídos, incluindo hospitais, escolas, creches e fábricas.

Sob ataques constantes e em colapso, a cidade é o último grande centro ucraniano a resistir na faixa entre a Crimeia e o território russo.

Ataques

As forças russas não deram trégua e prosseguiram com os ataques massivos contra a Ucrânia. Mais de 300 mísseis, segundo o Exército de Vladimir Putin, foram disparados. Lviv e Lugansk registraram mortes. Kharkiv, Zaporizhzhia, Donetsk e Dnipro sofreram bombardeios.

O governador regional de Lviv, Maksym Kozytsky, confirmou que sete pessoas morreram no ataque e 11 ficaram feridas, três em estado crítico. Uma delas é uma criança.

No Telegram, ele acusou Putin de “ter perdido a cabeça” e de cometer “deliberadamente um genocídio contra o povo ucraniano”.

Quatro civis morreram na região de Lugansk enquanto tentavam fugir. O grupo estava em um carro na cidade de Kreminna.

Investida russa

O Ministério da Defesa da Rússia, em comunicado divulgado pela agência russa de notícias TASS, afirma que atacou 315 alvos ucranianos.

As forças russas confirmam que os sistemas de defesa aérea foram usados ​​para derrubar dois caças MiG-29 e um avião SU-25.

Segundo o ministério, as tropas destruíram armas e equipamentos militares ucranianos com mísseis Iksander.

Pelo menos 16 instalações militares ucranianas foram atingidas, incluindo cinco postos de comando, um depósito de combustível e três depósitos de munição.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro. Nesta segunda-feira (18/4), a guerra completa 54 dias.

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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial
Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido
Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros
A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
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Divulgação/Otan
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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial

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Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido

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Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria

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A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros

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A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia

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O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos

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A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis

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Na fase final da Guerra Fria, a organização passou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro

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Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais

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Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão

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Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005

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Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África

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Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa

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Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável

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A tensão no Leste Europeu voltou a subir após ao menos três ataques ucranianos contra o território russo. O país liderado por Putin, que havia prometido trégua a Kiev, voltou a bombardear a capital.

A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.

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