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Ucrânia entra com ação contra Rússia em tribunal da ONU e pede reunião

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, pediu para o órgão marcar uma audiência em Haia entre os países ainda esta semana

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Forças de segurança ucranianas acompanham um homem ferido após um ataque aéreo atingir um complexo de apartamentos em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022
1 de 1 Forças de segurança ucranianas acompanham um homem ferido após um ataque aéreo atingir um complexo de apartamentos em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 - Foto: Wolfgang Schwan/Agência Anadolu via Getty Images

Após negar encontro com a Rússia em Belarus, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que o país entrou com uma ação contra os invasores no Tribunal Internacional de Justiça da ONU, em Haia. Neste domingo (27/2), as tropas russas entraram na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv. Além disso, mísseis balísticos atingem refinaria e gasoduto em território ucraniano.

O governo russo afirmou que uma delegação teria sido enviada a Belarus para discutir termos de um acordo de paz com a Ucrânia. Os ucranianos, entretanto, alegaram que as ofertas foram declinadas “categoricamente”. Depois disso, Zelensky divulgou a mensagem no Twitter.

“A Ucrânia entrou oficialmente com uma ação contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça da ONU, em Haia. Exigimos que a Rússia seja responsabilizada por distorcer o conceito de genocídio para justificar a agressão”, escreveu o presidente ucraniano.

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Filho de pais judeus, Volodymyr iniciou na carreira artística aos 17 anos. Formado em direito pela Universidade Nacional Econômica de Kiev, Zelensky nunca chegou a atuar na área. Apesar de ter discurso forte e boa atuação no centro de conflitos, o atual presidente ficou conhecido pelo povo ucraniano após interpretar o personagem principal da série Servo do Povo
No programa ucraniano de sátira, Volodymyr interpretava um professor de história, com cerca de 30 anos, grosso e revoltado, e se tornou viral após fazer um vídeo contra a corrupção
O personagem, portanto, acabou se transportando para a realidade. Nas eleições da Ucrânia, o comediante recebeu 73% dos votos no segundo turno. Ele derrotou o então presidente, Petro Poroshenko
Inclusive, o partido político de Zelensky foi criado com base no programa de TV Servo do Povo. Durante a corrida presidencial, no entanto, o bacharel em direito foi visto com descaso pela oposição e com desconfiança no cenário internacional devido à sua origem fora da política
Surpreendendo a todos, ao assumir o governo do país, ele realizou mudanças inesperadas. Dissolveu o parlamento e prometeu manter o diálogo com a Rússia a fim de resolver os conflitos separatistas
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Volodymyr Olexandrovytch Zelensky dominou os noticiários mundiais devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Ator, comediante, roteirista e produtor, Zelensky é também presidente do país ucraniano desde 2019

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Filho de pais judeus, Volodymyr iniciou na carreira artística aos 17 anos. Formado em direito pela Universidade Nacional Econômica de Kiev, Zelensky nunca chegou a atuar na área. Apesar de ter discurso forte e boa atuação no centro de conflitos, o atual presidente ficou conhecido pelo povo ucraniano após interpretar o personagem principal da série Servo do Povo

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No programa ucraniano de sátira, Volodymyr interpretava um professor de história, com cerca de 30 anos, grosso e revoltado, e se tornou viral após fazer um vídeo contra a corrupção

Anna Moneymaker /Guetty Images
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O personagem, portanto, acabou se transportando para a realidade. Nas eleições da Ucrânia, o comediante recebeu 73% dos votos no segundo turno. Ele derrotou o então presidente, Petro Poroshenko

Anna Moneymaker /Guetty Images
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Inclusive, o partido político de Zelensky foi criado com base no programa de TV Servo do Povo. Durante a corrida presidencial, no entanto, o bacharel em direito foi visto com descaso pela oposição e com desconfiança no cenário internacional devido à sua origem fora da política

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Surpreendendo a todos, ao assumir o governo do país, ele realizou mudanças inesperadas. Dissolveu o parlamento e prometeu manter o diálogo com a Rússia a fim de resolver os conflitos separatistas

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Casado com Olena Zelensky e pais de dois filhos, atualmente Volodymyr está no centro da crise mundial

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Em 24 de fevereiro, colocou a Ucrânia sob lei marcial, que suspende uma série de direitos e dá mais poder ao governo para tomar decisões emergenciais exigidas por uma situação como a invasão de um país. Ele também anunciou uma coalizão militar internacional contra o presidente Vladimir Putin, após a Rússia invadir o país do Leste Europeu

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“Para defender a nossa soberania, cada cidadão da Ucrânia deve decidir o futuro de nosso povo. Qualquer pessoa com experiência militar que puder ajudar na defesa da Ucrânia deve se reportar aos postos militares”, ordenou

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Apesar da falta de experiência, Zelensky conquistou o respeito da maior parte do povo ucraniano e dos demais administradores do país

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Zelensky também solicitou que o órgão marque uma conversa entre as partes. “Pedimos ao tribunal que ordene imediatamente à Rússia que cesse as hostilidades e agende uma audiência na próxima semana”, escreveu.

Em outro tuíte, o presidente ucraniano usou palavras mais fortes e pontuou que a Rússia deve ser responsabilizada “por manipular a noção de genocídio para justificar a agressão”.

“Solicitamos uma decisão urgente ordenando que a Rússia cesse a atividade militar agora e esperamos que os julgamentos comecem na próxima semana”, assinalou Zelensky.

Conversa em Belarus

Os ucranianos dizem que o oferecimento de conversa em Belarus por parte dos russos é “apenas propaganda”.

“É óbvio que isto é apenas propaganda. É esse comportamento russo que está provocando o mundo a cortar a Rússia do mercado global. Verdadeiras negociações devem ser honestas, com ambas as partes de acordo, e sem nenhuma operação especial de propaganda em Gomel ou Minsk”, frisou Mykhailo Podolyak, conselheiro de Zelensky.

Belarus, que era parte da ex-União Soviética, é um aliado importante da Rússia. Autoridades ucranianas acreditam que o país tenha sido usado para a invasão, uma vez que um contingente militar russo se posicionou no território bielorrusso semanas antes do início da guerra para um exercício.

Zelensky afirma que a Ucrânia já ofereceu iniciar negociações em Varsóvia, na Polônia; Istambul, na Turquia; ou em Baku, no Azerbaijão. “Nessas ou em qualquer outra cidade onde mísseis não estejam sendo lançados contra a Ucrânia”, finalizou.

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Pertencente a uma família de operários, Vladimir cresceu em uma periferia russa, em São Petersburgo, e sonhava ser espião
Formou-se em direito e, em seguida, entrou para o serviço secreto russo, a KGB, em 1975
Tempos depois, iniciou vida política como vice-prefeito de São Petersburgo. Em 1999, tornou-se primeiro-ministro e, no ano seguinte, após a renúncia do então presidente, Boris Yeltsin, foi eleito presidente da Rússia
Pouco depois de assumir a presidência, liderou com êxito tropas russas ao ataque à Chechênia, durante a 2ª Guerra da Chechênia, o que o fez crescer em popularidade
Em 2004, Putin foi reeleito e, em seguida, assinou o protocolo de Kyoto, documento que o tornou responsável por reduzir gases-estufa liberados pela Rússia
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Vladimir Vladimirovitch Putin é o atual presidente da Rússia. No poder há 20 anos, desde a renúncia de Boris Yeltsin, Putin é conhecido por apoiar ditadores e declarar oposição ferrenha aos Estados Unidos

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Pertencente a uma família de operários, Vladimir cresceu em uma periferia russa, em São Petersburgo, e sonhava ser espião

Mikhail Svetlov /Getty Images
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Formou-se em direito e, em seguida, entrou para o serviço secreto russo, a KGB, em 1975

Alexei Nikolsky /Getty Images
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Tempos depois, iniciou vida política como vice-prefeito de São Petersburgo. Em 1999, tornou-se primeiro-ministro e, no ano seguinte, após a renúncia do então presidente, Boris Yeltsin, foi eleito presidente da Rússia

Carl Court /Getty Images
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Pouco depois de assumir a presidência, liderou com êxito tropas russas ao ataque à Chechênia, durante a 2ª Guerra da Chechênia, o que o fez crescer em popularidade

Sergei Karpukhin /Getty Images
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Em 2004, Putin foi reeleito e, em seguida, assinou o protocolo de Kyoto, documento que o tornou responsável por reduzir gases-estufa liberados pela Rússia

Alexei Nikolsky v
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Seguindo a Constituição russa, que o impedia de exercer mais de dois mandatos consecutivos, o ex-KGB apoiou o seu primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, nas eleições que o sucederiam

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Em 2012, no entanto, voltou a ser eleito para novo mandato de seis anos, mesmo com forte oposição

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O líder russo Vladimir Putin diz que não irá recuar e desafia a comunidade internacional

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No ano seguinte, apoiou a guerra que aconteceu na Síria e enviou militares para ajudar o regime do presidente sírio, Bashar Al Assad

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Apesar de toda desaprovação mundial diante de atos de guerra, Putin conseguiu se eleger em 2018 para mais seis anos, com vantagem expressiva em relação aos adversários

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Devido à lei que sancionou em 2021, Putin poderá concorrer nas duas próximas eleições e, se eleito, ficar no poder até 2036

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Recentemente, após exigir que o Ocidente garantisse que a Ucrânia, que faz fronteira com território russo, não se juntaria à Otan, reformou a inimizade entre os países

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O conflito, que acendeu alerta mundial, ganhou novos capítulos após Putin ordenar, no dia 25 de fevereiro de 2022, que tropas invadissem a Ucrânia utilizando armamento militar

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Apesar dos avisos de sanções por parte de outras nações, o presidente russo prosseguiu com a intentada e deu início à guerra

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