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Ucrânia diz estar aberta a um novo encontro entre Zelensky e Lula

Apesar dos impasses diplomáticos entre Kiev e Brasília, governo da Ucrânia disse estar aberto a um novo encontro entre Zelensky e Lula

atualizado

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Arte/Metrópoles
Lula e Zelensky em montagem
1 de 1 Lula e Zelensky em montagem - Foto: Arte/Metrópoles

Kiev – O governo ucraniano se mostrou aberto a um novo encontro entre Volodymyr Zelensky e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em uma tentativa de resolver impasses diplomáticos entre Ucrânia e Brasil. A declaração é do chefe de gabinete presidencial ucraniano, Andrii Yermak, durante conversa com o Metrópoles nesta segunda-feira (9/9).

Apesar de nenhuma data ter sido acordada entre Brasília e Kiev, Yermak se mostrou confiante sobre a possibilidade de uma reunião entre os dois presidentes. O chefe de gabinete de Zelensky, no entanto, cobrou que o encontro aconteça na Ucrânia.

“Um próximo encontro (com o presidente Lula) vai acontecer”, declarou Yermak. “Mas tenho absoluta certeza de que, para os países que falam sobre suas posições neutras, é muito importante não apenas se reunir, mas vir fisicamente à Ucrânia”.

Segundo o funcionário do governo ucraniano, a ida de Lula ao território ucraniano poderia mudar a postura do presidente brasileiro em relação a guerra, vista com olhar crítico por Kiev.

“Acho que isso mudará totalmente as atitudes porque, mais uma vez, é muito importante a experiência pessoal, ver o que acontece na Ucrânia, o que as pessoas sentem, ouvir as sirenes. Isso é, eu acho, muito importante”, disse o chefe do gabinete presidencial de Zelensky.

O último encontro entre Lula e Zelensky aconteceu em setembro de 2023, em Nova York, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). 

Desde que assumiu o terceiro mandato presidencial, Lula tem mantido uma postura de neutralidade vista pela Ucrânia como uma espécie de cumplicidade com a Rússia.

O presidente brasileiro chegou a afirmar que os dois países foram culpados pelo início da guerra, e tem se negado a participar de negociações de paz que não envolvam a Rússia.

Para o presidente do Brasil, as discussões sobre a guerra na Ucrânia precisam envolver ambos os lados do conflito, e não somente a Ucrânia – como tem acontecido durante as última cúpulas da paz.

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