1 de 1 Cidade ucraniana sob bombardeio de míssil russo, enquanto bombeiro tenta apagar as chamas - Metrópoles
- Foto: Reprodução
Alertas contra ataques aéreos russos foram emitidos em quase todas as regiões da Ucrânia, na noite deste sábado (12/3). Ao menos 26 cidades acionaram sirenes para avisar a população da iminência de um possível bombardeio. As informações são do jornal Kiev Idependent.
Diante da possibilidade de um ataque, o governo ucraniano recomendou que os moradores seguissem para abrigos próximos imediatamente.
Os avisos foram registrados em Uman, Kharkiv, Kramatorsk, Sloviansk, Vinnytsia, Kiev, Poltava, Zhytomyr, Khmelnytskyi, Lviv, Odesa, Volyn, Zaporizhzha, Berezivka, Izmail, Kiliya, Yuzhne, Chernomorsk, Bilyaivka, Avdiivka, Rivne, Chernihiv, Ternopil, Dnipro, Cherkasy e Sumy Oblasts.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Ainda neste sábado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou que as negociações entre a Ucrânia e a Rússia têm dados “passos positivos”. A fala ocorreu durante entrevista coletiva, onde o líder ucraniano também disse “estar feliz”.
Zelensky não deixou claro quando ocorreram as últimas negociações. No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin, já afirmou que as tratativas acontecem “quase diariamente”. Representantes dos dois país encontraram-se presencialmente em quatro ocasiões.
Em sua declaração, o presidente ucraniano divulgou que, no mínimo, 1,3 mil soldados ucranianos morreram desde o início das invasões russas. Este é o primeiro saldo divulgado pela Ucrânia até agora. Já a Rússia “sofreu muito mais baixas”.
Exigências dos dois países
Na última quinta (10/3), o encontro entre os dois países não terminou sem uma resolução pacífica. Sergey Lavrov e Dmytro Kuleba ─ chefes da diplomacia russa e ucraniana respectivamente ─ não entraram em consenso após o fim das negociações que ocorreram na Turquia.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, recepcionou mais uma rodada de negociações entre os países. Cada país listou as exigências necessárias para dar fim ao conflito.
Veja as condições russas:
Ucrânia se render militarmente;
Mudar a Constituição garantindo que nunca irá fazer parte da Otan;
Desistir de integrar a União Europeia;
Reconhecer a região da Crimeia, anexada em 2014, como território russo;
E reconhecer a independência de Donetsk e Lugansk.
Veja as condições ucranianas:
Criação e respeito aos corredores humanitários de fuga;
Cessar-fogo imediato;
Retirada das forças russas da Ucrânia.
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