Ucrânia é atacada por Belarus, país aliado da Rússia
Mísseis Iskander foram lançados de Belarus contra a Ucrânia neste domingo, disse um assessor do ministro do Interior da Ucrânia
atualizado
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A Comissão Europeia confirmou que Belarus, país comandado pelo ditador Aleksandr Lukashenko, já promove ataques contra a Ucrânia, que vive o quarto dia de bombardeio russo.
Neste domingo (27/2), em pronunciamento transmitido ao vivo de Bruxelas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou sanções contra a economia bielorrussa em uma tentativa de frear a iniciativa do país. Segundo Ursula, Belarus está “facilitando” a guerra.
Ursula afirmou que as sanções contra a Rússia também terão como alvo o regime do presidente de Belarus pela participação no ataque contra a Ucrânia. “Vamos atingir setores fundamentais: aço, ferro, fumo, todas essas exportações”. A União Europeia também vai estender a Belarus todas as sanções impostas à Rússia.
Mísseis Iskander foram lançados de Belarus contra a Ucrânia neste domingo, disse um assessor do ministro do Interior da Ucrânia à agências internacionais de notícias.
Antes, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, foi categórico na acusação. “A qualquer momento Lukashenko pode dar a ordem para que o exercito entre pela fronteira com a Ucrânia. Desde o início [dos confrontos], o território de Belarus foi usado para agressões”, denunciou.
Segundo a imprensa de Kiev, mísseis bielorrussos foram disparados contra a Ucrânia durante a madrugada. O governo de Belarus ainda não se manifestou sobre o caso.
“Eles vão cruzar a fronteira para matar homens, mulheres e crianças. É uma ameaça que temos que levar em conta”, disse Kuleba.
O ministro ucraniano fez um apelo: “A Ucrânia não está se desmantelando. Está sangrando, mas estamos tendo sucesso ao nos defender. Todos que puderem lutar junto a nós junto a uma legião internacional, se junte a nós. Temos trabalhado duro para formar uma coalizão contra Putin”.
Kuleba acrescentou: “É preciso afetar a Rússia de forma de forma mais dura agora”.
O presidente Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse neste domingo que conversou com o presidente de Belarus, que garantiu a ele que não enviaria tropas de Belarus para a Ucrânia. A partir dessa conversa, que o presidente ucraniano considerou produtiva, foi acertado o encontro para negociações entre Rússia e Ucrânia.
Rússia avança
Neste domingo (27/2), as tropas russas entraram na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv. Além disso, mísseis balísticos atingem refinaria e gasoduto em território ucraniano.
O governo russo afirmou que uma delegação teria sido enviada a Belarus para discutir termos de um acordo de paz com a Ucrânia. Os ucranianos, entretanto, alegaram que as ofertas foram declinadas “categoricamente”. Depois disso, Zelensky divulgou a mensagem no Twitter.
Diante do aceno, o governo ucraniano entrou com uma ação contra os invasores no Tribunal Internacional de Justiça da Organização das Nações Unidas (ONU), em Haia
“A Ucrânia entrou oficialmente com uma ação contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça da ONU, em Haia. Exigimos que a Rússia seja responsabilizada por distorcer o conceito de genocídio para justificar a agressão”, escreveu o presidente ucraniano.
Zelensky também solicitou que o órgão marque uma conversa entre as partes. “Pedimos ao tribunal que ordene imediatamente à Rússia que cesse as hostilidades e agende uma audiência na próxima semana”, assinalou.