1 de 1 guerra na ucrânia, Kharkiv
- Foto: Forças Armadas da Ucrânia/Divulgação
O governo ucraniano afirma que a guerra causou um prejuízo de US$ 100 bilhões à economia do país. O principal conselheiro econômico do presidente Volodimir Zelensky classificou a situação como “deprimente”.
Ao participar de um evento do Instituto Peterson de Economia Internacional dos Estados Unidos, nesta quinta-feira (10/3), Oleg Ustenko, detalhou a situação.
“A situação em termos de crescimento econômico será realmente muito deprimente, mesmo que a guerra pare imediatamente”, afirmou ele em videoconferência.
Além das contas públicas, empresas foram duramente penalizadas com o conflito. “Atualmente, cerca de 50% de nossas empresas não estão operando, e aquelas que ainda estão operando não estão em 100%”, frisou.
Mais ataques
Dois hospitais, sendo um infantil, foram bombardeados. As informações foram divulgadas pelo governo da Ucrânia no início da tarde desta quinta-feira (10/3), 15º dia de invasão russa.
A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Segundo a Ucrânia, em Zhytomyr, cidade de 260 mil habitantes, bombas caíram em dois hospitais, mas ninguém ficou ferido.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que com o bombardeio ao hospital a Rússia “passou dos limites” e acusou Vladimir Putin de genocídio. A Rússia atribui os ataques aos soldados ucranianos.
Na quarta-feira (9/3), um ataque atingiu uma maternidade em Mariupol (foto em destaque). Ao todo, 17 pessoas ficaram feridas e três morreram, sendo uma criança.
Sem consenso, a reunião desta quinta-feira (10/3), realizada na Turquia, entrou para a lista de tentativas fracassadas. Já foram três encontros do tipo. O único avanço foi a criação de rotas de fuga, que são constantemente desrespeitadas.
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e o presidente da França, Emmanuel Macron, exigiram um cessar-fogo imediato em um telefonema com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
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