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Ucrânia amanhece sob ataque russo, com 7 mortos. Chanceler se demite

Ucrânia amanheceu sob uma nova ofensiva russa, com 7 mortos, em meio ao pedido de demissão do ministro das Relações Exteriores

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Casa bombardeada na Ucrânia
1 de 1 Casa bombardeada na Ucrânia - Foto: Getty images

A Ucrânia amanheceu nesta quarta-feira (4/9) sob uma nova ofensiva russa, em meio ao pedido de demissão do ministro das Relações Exteriores e mudanças no governo. O ataque aconteceu durante a madrugada na cidade de Lviv, matando sete pessoas, incluindo três crianças. No dia anterior, um bombardeio já havia deixado mais de 50 mortos em Poltava.

Lviv fica a oeste da Ucrânia, sendo considerada a maior cidade da região. Além dos mortos, mais de 30 pessoas ficaram feridas e vários edifícios residenciais foram atingidos, informou o Ministério do Interior.

“No total, sete pessoas morreram, entre elas três crianças”, lamentou o ministro do Interior, Igor Klimenko, em sua conta do Telegram.

O presidente Volodimir Zelensky denunciou os novos “ataques terroristas russos” e reiterou o apelo aos países ocidentais para que forneçam mais recursos de defesa antiaérea.

Até então, Lviv, que fica a mais de mil quilômetros da frente de batalha, não havia sofrido tanto com os efeitos da guerra. Porém, as instalações de energia da região foram danificadas em várias ocasiões e a cidade é alvo frequente de ataques com drones e mísseis.

Na terça-feira (3/9), os bombardeios russos atingiram a cidade de Poltava, no centro da Ucrânia. Pelo menos 51 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas. Um dos locais mais afetados foi um instituto militar, que ficou parcialmente destruído. Após o ataque, foram declarados três dias de luto em Poltava a partir desta quarta-feira.

As recentes ofensivas russas acontecem em meio a mudanças no governo ucraniano. Na manhã desta quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, apresentou sua demissão ao Parlamento. Ele vinha sendo uma das principais vozes do país desde o início da guerra, provocada pela invasão russa.

“Peço que aceitem a minha renúncia”, escreveu Kuleba em uma carta enviada ao Parlamento e divulgada nas redes sociais pelo presidente da assembleia, Ruslan Stefanchuk, que afirmou que a solicitação será votada rapidamente.

Na terça, vários ministros, incluindo os da Justiça, Indústria e Meio Ambiente, também apresentaram pedidos de demissão no âmbito de uma reforma do governo, dois anos e meio após o início da invasão russa.

Dmytro Kuleba, de 43 anos, é o chefe da diplomacia do país desde 2020 e o ministro mais importante a apresentar o pedido de demissão.

Desde o início da ofensiva russa, em fevereiro de 2022, ele viajou por grande parte do mundo para pedir apoio diplomático e militar para o seu país e sanções contra Moscou.

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