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Turquia tem mais de US$ 34 bilhões em prejuízos após terremotos

A Turquia sofre com diversos abalos sísmicos desde o início de fevereiro, sendo o maior desastre nos últimos 80 anos, com 44.218 mortos

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Imagem colorida mostra fumaça e prédios destruídos na Turquia, que foi atingida por terremoto, ao lado da Síria - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra fumaça e prédios destruídos na Turquia, que foi atingida por terremoto, ao lado da Síria - Metrópoles - Foto: Burak Kara/Getty Images

Um relatório do Banco Mundial, divulgado nesta segunda-feira (27/2), estima que a Turquia deve gastar mais de US$ 34,2 bilhões (o equivalente a R$ 106 trilhões) para reverter os danos causados pelos dois terremotos de magnitude 7.8 e 7.5, respectivamente, que atingiram o país em 6 de fevereiro.

A entidade afirma que as avaliações ainda estão em andamento devido à incerteza de tremores secundários, e os valores podem ser maiores que os observados.

Os abalos sísmicos seguem atormentando os turcos desde o início de fevereiro. Além dos dois primeiros terremotos, um outro, de magnitude 6.3, atingiu o país, em 20 de fevereiro. Nesta segunda-feira (27/2), mais um terremoto, agora de 5.6, atingiu o leste da Turquia nesta segunda-feira, deixando, até o momento, um morto e 70 feridos.

O maior desastre nos últimos 80 anos no país deixou 44.218 mortos, de acordo com a agência de desastres turca Afad. Segundo o relatório, além das milhares de vidas destruídas, os custos para reerguer o país serão “potencialmente duas vezes maiores” que os US$ 34.2 bilhões.

Para a entidade, o valor equivale a 4% do PIB turco em 2021. As 11 províncias afetadas pelos terremotos estão entre as regiões com maiores taxas de pobreza da Turquia.

Além disso, a região do sul abriga um número considerável de refugiados da Síria, mais de 1,7 milhão – quase 50% da população total de refugiados sírios no país.

Conforme os dados do relatório Global Rapid Post-Disaster Damage Estimation (Grade), 1,25 milhão de pessoas ficaram temporariamente desabrigadas devido a danos moderados a graves ou colapso total de edifícios.

O Banco Mundial dividiu os gastos da seguinte forma:

  • 53% (US$ 18 bilhões): danos diretos a edifícios residenciais;
  • 28% (US$ 9,7 bilhões): danos diretos em edifícios não residenciais (unidades de saúde, escolas, prédios do governo e prédios do setor privado);
  • 19% (US$ 6,4 bilhões): danos diretos relacionados à infraestrutura.

A entidade ressalta que as estimativas observadas podem não condizer com o valor real do prejuízo, uma vez que não incluem os impactos e as perdas econômicas mais amplas à economia da Turquia, ou o custo de recuperação e reconstrução.

“Este desastre serve como um lembrete do alto risco de terremotos de Türkiye e da necessidade de aumentar a resiliência na infraestrutura pública e privada. Como líder na gestão de riscos de desastres, o Banco Mundial está empenhado em acompanhar Türkiye em seus esforços para uma recuperação econômica resiliente a desastres”, disse Humberto Lopez, Diretor do Banco Mundial para Türkiye.

Em 9 de fevereiro, o Banco Mundial enviou à Turquia um pacote inicial de US$ 1,78 bilhão, mais de R$ 9 bilhões, em ajuda humanitária ao país.

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