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O grupo Brics+ é uma coalizão econômica formada por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A organização defende uma reformulação das instituições internacionais para refletir o surgimento de novas potências. O Egito, os Emirados Árabes Unidos, a Etiópia e o Irã entraram oficialmente para o grupo este ano.
O interesse da Turquia em aderir ao Brics não é novo, mas agora é oficial. Se o pedido for aceito, Ancara será o primeiro membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a entrar para o Brics, em um momento em que suas relações com os Estados Unidos e a União Europeia estão cada vez mais tensas.
Processo de adesão à UE segue bloqueado
O pedido turco ocorre em um contexto regional e internacional marcado por interesses conflitantes. Os laços da Turquia com Moscou são impactados pela guerra na Ucrânia, assim como o apoio norte-americano e europeu oferecido a Israel na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza é criticado pelo número de mortos no território palestino. Por outro lado, o processo de adesão de Ancara à União Europeia continua estagnado.
Embora metade do comércio da Turquia ainda seja com a Europa, a ideia é tirar proveito da localização estratégica do país entre a Ásia e o continente europeu.
O processo de adesão ao Brics continua complexo, e a candidatura da Turquia deverá ser discutida na próxima cúpula dos emergentes, prevista no final de outubro, em Kazan, na Rússia.
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