Turquia e Síria somam 36 mil mortes após terremoto; buscas chegam ao fim
De acordo com a ONU, agora o foco é na atuação para o fornecimento de abrigo, comida, escola e assistência psicossocial aos sobreviventes
atualizado
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O número de mortos após o terremoto que devastou a Turquia e parte da Síria passa de 36 mil, apontam dados da Organização Internacional de Gestão de Desastres e Ajuda da Turquia (Afad, na sigla em inglês). A fase de resgates está chegando ao fim e, agora, a urgência é o fornecimento de abrigo, comida, escola e assistência psicossocial.
De acordo com o chefe de ajuda humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU), Martin Griffiths, o que impressionou foi o estrago em Aleppo, na Síria. Em seu Twitter, ele afirmou que houve uma falha nas ações de resgate no noroeste do país. “Eles se sentem abandonados, com razão”, disse.
“Meu dever e nossa obrigação é corrigir essa falha o mais rápido possível. Esse é o meu foco agora”, declarou.
No dia 6 de fevereiro, um terremoto de 7,8 graus de magnitude atingiu a Turquia e a Síria. Desde então, equipes de resgaste têm se empenhado em encontrar sobreviventes entre os escombros. Diversas nações, incluindo o Brasil, se mobilizaram e enviaram auxílio para o resgate das vítimas.
At the #Türkiye–#Syria border today.
We have so far failed the people in north-west Syria.
They rightly feel abandoned. Looking for international help that hasn’t arrived.
My duty and our obligation is to correct this failure as fast as we can.
That’s my focus now.— Martin Griffiths (@UNReliefChief) February 12, 2023
Trucks with UN relief are rolling into north-west #Syria.
I am encouraged by the scale-up of convoys from the UN transshipment centre at the Turkish border.
We need to open more access points and get more aid out fast. pic.twitter.com/EK2ZLSxb5l
— Martin Griffiths (@UNReliefChief) February 12, 2023
Com a falta de assistência na Síria, o temor é de que o número de vítimas possa dobrar. Pelas informações atuais, na Turquia, foram registradas pelo menos 31.643 mortes. No noroeste da Síria, região controlada por grupos rebeldes, mais de 3.200 pessoas perderam a vida, de acordo com os Capacetes Brancos, uma organização voluntária. Já na Síria controlada pelo governo de Bashar al-Assad, ao menos 1.414 pessoas morreram.
O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários na Síria, que acompanha os resgates, mostrou a história de Yehya, de 12 anos. O menino foi resgatado há menos de 24 horas.
12-year-old Yehya was ranked second in his class, he was excited to go home and tell his mom. The next day he found himself in the hospital. Many children in #Syria were left injured and traumatized due to the devastating #earthquake. pic.twitter.com/B3nellO1XG
— OCHA Syria (@OCHA_Syria) February 12, 2023
Além de crianças, mulheres grávidas foram atingidas pela tragédia. De acordo com a ONU, mais de 215 mil mulheres grávidas foram afetadas pelos tremores na Turquia e na Síria. Muitas darão à luz no próximo mês.
More than 215,000 pregnant women have been affected by the earthquakes in Türkiye and Syria. Many will give birth in the next month.@unfpa is delivering life-saving maternal health care: https://t.co/C41AuJpbgx pic.twitter.com/loyAUV36kp
— United Nations (@UN) February 13, 2023