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Turquia é contra a entrada da Suécia e da Finlândia na Otan. Entenda

O presidente Recep Tayyip Erdogan afirmou que não aprovará o ingresso dos países nórdicos na organização. Saiba os motivos

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Após a Finlândia e a Suécia confirmarem a intenção de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan (na foto principal ao lado de Vladimir Putin, presidente da Rússia), disse, nesta segunda-feira (16/5), que sua nação não vai aprovar a entrada dos países nórdicos na organização.

Mais cedo, a Suécia decidiu pedir formalmente a adesão à aliança militar ocidental, seguindo o caminho da Finlândia – que, no domingo (15/5), anunciou o desejo de se tornar membro da Otan.

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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial
Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido
Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros
A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial

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Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido

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Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria

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A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros

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A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia

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O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos

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A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis

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Na fase final da Guerra Fria, a organização passou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro

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Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais

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Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão

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Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005

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Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África

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Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa

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Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável

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Os países do Norte Europeu, que geralmente são neutros, tomaram a iniciativa de aderir ao grupo após a Rússia invadir a Ucrânia.

A Otan é uma organização militar liderada pelos Estados Unidos, e tem a Turquia entre seus membros. Para que a Finlândia e a Suécia realmente integrem a entidade, além de um longo processo de adesão, é necessário que haja apoio unânime dos 30 países integrantes.

Mas por que a Turquia é contra a adesão?

Erdogan alegou que a Suécia e a Finlândia eram “o lar de muitas organizações terroristas”, referindo-se principalmente a militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, legenda conhecida como PKK.

O PKK é um grupo guerrilheiro curdo, que por décadas combateu uma insurgência separatista em partes da Turquia. O grupo foi designado pelos Estados Unidos como uma organização terrorista em 1997.

A Turquia assinalou que deseja que os países nórdicos interrompam o apoio a militantes curdos em seu território e suspendam as proibições de venda de algumas armas.

Otimismo

A reação da Turquia não foi vista com surpresa. Isso porque, anteriormente, o líder da nação demonstrou insatisfação com a possível iniciativa dos países nórdicos.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, revelou, no domingo (15/5), que estava confiante de que o grupo poderia “absorver as preocupações” da Turquia e seguir com a adesão dos nórdicos.

“Estou muito confiante de que chegaremos a um consenso sobre isso”, disse Blinken em entrevista coletiva, acrescentando que a Otan é “um lugar para o diálogo”.

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