Turquia dá aval e Finlândia será o 31º país integrante da Otan
Sinal verde turco era o único obstáculo que impedia a adesão do país à Otan, uma vez que os outros membros já tinham aprovado a participação
atualizado
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O Parlamento da Turquia aprovou, nesta quinta-feira (30/3), a entrada da Finlândia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O sinal verde turco era o único obstáculo que impedia a adesão do país à Otan, uma vez que os outros 29 membros já tinham aprovado a participação na aliança militar.
Em 2022, o Parlamento finlandês tinha aprovado a adesão do país à Otan em 17 de maio. Porém, sofreu com diversas tentativas da Turquia em barrar a entrada na aliança militar. Com a entrada da Finlândia no grupo militar liderado pelos Estados Unidos (EUA), a fronteira da aliança militar com a Rússia ganha mais 1,3 mil quilômetros, o dobro da extensão atual.
O fator territorial é de suma importância devido à invasão russa ao território da Ucrânia, que dura mais de um ano. Ao provocar o conflito, a ideia do presidente da Rússia, Vladimir Putin, era barrar a expansão da aliança militar.
No momento, a Finlândia aguarda apenas algumas formalidades para tornar-se o 31º país membro da Otan. As autoridades esperam que o processo seja finalizado ainda na próxima semana. Para o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, a decisão “tornará toda a família” da aliança “mais forte e segura”.
I welcome the vote of the Grand National Assembly of #Türkiye to complete the ratification of #Finland’s accession. This will make the whole #NATO family stronger & safer.
— Jens Stoltenberg (@jensstoltenberg) March 30, 2023
Por outro lado, a Suécia que também tenta ingressar na Otan enfrenta uma tensão diplomática com a Hungria e Turquia, que seguem bloqueando a entrada do país na aliança militar. Vale ressaltar que para um país ingressar na Otan é necessário que todos os membros votem a favor da inclusão de um novo membro.
A justificativa do presidente turco Recep Tayyip Erdogan de ser contra a entrada dos países é de que a Suécia e a Finlândia eram “o lar de muitas organizações terroristas”, referindo-se principalmente a militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, conhecida como PKK.