Turquia convoca embaixador em Israel e critica bombardeios em Gaza
Erdogan, presidente da Turquia, tem criticado a ação de Israel contra Gaza e afirmou que irá levar caso ao Tribunal Penal Internacional
atualizado
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A Turquia anunciou, neste sábado (4/11), que chamou de volta para casa o seu embaixador em Israel para realizar novas consultas sobre os bombardeios de Israel na Faixa de Gaza. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tem criticado a ação israelense na área dominada pelo grupo extremista Hamas.
O comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros turco destaca que a volta do seu embaixador acontece “tendo em conta a tragédia humanitária que se desenrola em Gaza, causada pelos contínuos ataques de Israel contra civis e pela recusa de Israel aos apelos por um cessar-fogo e pela contínua e fluxo desimpedido de ajuda humanitária.”
A decisão de retirar o embaixador turco de Israel foi criticada pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat, na rede social X, antigo Twitter. “Mais um passo do presidente turco que está do lado da organização terrorista Hamas.”
A Turquia tem apoiado um cessar-fogo imediato e defende a entrada de ajuda humanitária em Gaza. O confronto na região se intensificou depois que membros do Hamas invadiram o território israelense em 7 de outubro e mataram mais de 1.400 pessoas. As Forças Armadas de Israel têm respondido à ação do grupo com bombardeios diários a prédios e edificações, que matou mais de 9 mil pessoas, sendo 3 mil crianças.
O presidente turco afirmou, nessa sexta-feira (3/11), que rompeu o contato com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
“Netanyahu não é mais alguém com quem possamos conversar. Nós o descartamos”, disse Erdogan. Apesar disso, o presidente turco destacou que isso não significa que a Turquia tenha cortado as suas relações com Israel e que o seu chefe de inteligência está em constante contato com as autoridades israelenses e palestinas.
Erdogan disse que irá se esforçar para levar Israel ao Tribunal Penal Internacional (TPI) por suas ações em Gaza.