Afeganistão: tumulto em aeroporto de Cabul deixa mortos
Voos comerciais foram cancelados, e somente viagens militares estão autorizadas na capital. Talibã tomou o poder do país no domingo
atualizado
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Após o Talibã tomar o governo do Afeganistão no último domingo (15/8), uma confusão deixou ao menos três mortos no aeroporto de Cabul, capital do país. Segundo informações do portal G1, viagens comerciais foram canceladas, e somente voos militares estão autorizados.
Vídeos publicados em redes sociais mostram o desespero de passageiros que tentam embarcar a qualquer custo. Confira:
🚨Afeganistão 🇦🇫: O vídeo abaixo é de agora pouco no aeroporto internacional de Cabul, onde milhares de pessoas tentam desesperadamente escapar do país. pic.twitter.com/N8O3t472On
— ivan kleber (@lordivan22) August 15, 2021
Autoridades do aeroporto emitiram um alerta pedindo para que a população não fosse ao local: “Por favor, não venha para o aeroporto”.
Ainda não se sabe o que motivou as mortes. A suspeita é que algumas pessoas tenham sido pisoteadas devido às aglomerações. Segundo o jornal norte-americano The Wall Street Journal, três mortes deram-se por armas de fogo. A agência Reuters relata a morte de cinco pessoas, mas sem determinar a causa.
Durante o tumulto, agentes das tropas dos Estados Unidos, que estavam no aeroporto para ajudar os norte-americanos a embarcarem, atiraram para o alto, mas não há informações se o fato está ligado aos óbitos.
Outro vídeo mostra pessoas correndo em torno de um avião da Força Aérea norte-americana em movimento. Alguns, inclusive, tentam subir no corpo da aeronave. Há a confirmação de pelo menos duas mortes nesse movimento. Veja:
Unreal scenes at #Kabul airport. Afghans hanging onto U.S. Air Force aircraft taking off. Two people later fell off the aircraft and died. pic.twitter.com/mL6yPzjzvX
— Simon Engelkes (@englks) August 16, 2021
Talibã toma o governo afegão
O grupo extremista Talibã afirmou ter tomado controle do palácio presidencial em Cabul, no Afeganistão, após a fuga do presidente, Mohammad Ashraf Ghani. O anúncio foi feito horas depois de o grupo cercar a capital do país neste domingo (15/8).
O ex-vice-presidente e chefe do Conselho Superior para a Reconciliação Nacional, Abdullah Abdullah, disse que, ao fugir, Ashraf Ghani “abandonou a nação”.
Em resposta, Ghani argumentou que deixou o país para evitar mortes. Ele afirmou que “incontáveis patriotas seriam martirizados e a cidade de Cabul seria destruída”, caso permanecesse.