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Tsunami na Indonésia deixa 222 mortos e mais 800 feridos

Ondas gigantes atingiram principalmente o Estreito de Sunda, após erupção vulcânica que deu origem do fenômeno

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tsunami indonésia
1 de 1 tsunami indonésia - Foto: Reprodução/ NDTV

Um tsunami matou 222 pessoas, feriu mais de 800 pessoas no Estreito de Sunda, na Indonésia, na noite de sábado (22/12), de acordo com autoridades locais. Foram atingidas praias no sul da Ilha de Sumatra e na parte ocidental da Ilha de Java por volta das 21h30 (12h30 em Brasília). Deslizamentos de terra subaquáticos após a erupção do vulcão Krakatoa são apontados como possível causa.

Em comunicado, Sutopo Purwo Nugroho, porta-voz da agência nacional de gestão de desastres, informou que dezenas de construções foram afetadas pelas ondas gigantes. Segundo ele, dezenas de edifícios sofreram danos e foram sentidos tremores leves após a chegada das ondas.

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Estragos causados em Carita, na Indonésia. Foto: ACHMAD IBRAHIM/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Estragos causados por tsunami na Indonésia nesse domingo (23)
Moradores se desesperam após identificarem parentes mortos em meio aos destroços
Moradores ajudam na busca por parentes desaparecidos
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Equipes de resgate trabalham em meio aos destroços

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Estragos causados por tsunami na Indonésia nesse domingo (23)

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Moradores se desesperam após identificarem parentes mortos em meio aos destroços

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Moradores ajudam na busca por parentes desaparecidos

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Nugroho acrescentou ainda que a lua cheia teria potencializado o fenômeno. Ele considerou raro o tsunami ter sido provocado por erupção, e não por um terremoto. Como a atividade sísmica foi leve, não foi emitido um alerta.

A agência aponta deslizamentos de terra subaquáticos após a erupção do vulcão Anak Krakatoa como possível causa do tsunami.

No Twitter, Nugroho postou um vídeo que mostra o impacto na região, com ruas alagadas e carros danificados – o tsunami chegou horas depois da erupção. Na mensagem, ele alertou que a contagem de vítimas deve aumentar. As mortes foram registradas em três regiões: Pandeglang, Lampung do Sul e Serang. A área é frequentada por turistas.

Em outra postagem na rede social, Nugroho anunciou que 430 unidades habitacionais foram altamente danificadas, assim como 9 hotéis e 10 navios.


“Eu tive que correr quando a onda passou pela praia”, escreveu no Facebook Oystein Lund Andersen, norueguês que trabalha em Jacarta. Ele disse que estava tirando fotos do vulcão quando viu uma grande onda vindo em sua direção. “A onda seguinte invadiu a área do hotel onde eu estava. Consegui correr com minha família para uma área mais alta, onde fomos socorridos por moradores locais. Ficamos ilesos, felizmente”, disse Andersen.

Erupção
De acordo com as autoridades geológicas da Indonésia, o vulcão esteve em erupção durante 2 minutos e 12 segundos na sexta-feira. As mortes foram registradas encontram-se em três regiões: Pandeglang, Lampung do Sul e Serang.

O Anak Krakatoa (“Filho do Krakatoa”, na língua local) está em uma pequena ilha vulcânica no Estreito de Sunda, formada ao longo dos anos após a lendária erupção de 1883 do vulcão Krakatoa, que entrou em erupção pela última vez em outubro.

A Indonésia está localizada no chamado Anel de Fogo do Pacífico, área muito propensa a desastres naturais. A região tem alta atividade tectônica e concentra grande parte das erupções vulcânicas e terremotos do planeta.

Em setembro, mais de 2 mil pessoas morreram após terremoto seguido de tsunami que atingiram a cidade de Palu, na ilha de Sulawesi. A catástrofe começou com um terremoto de 6,1 graus na escala Richter que deixou um morto e 20 feridos. Cerca de três horas depois veio o terremoto mais forte, de 7,5 graus, seguido de um tsunami.

Um alerta foi emitido, mas suspenso 30 minutos depois. Segundo autoridades, muitas vítimas foram surpreendidas quando estavam na praia – o que provocou críticas da população. A União Europeia enviou então € 1,5 milhão em ajuda humanitária de emergência.

Catástrofes naturais
A Indonésia é o quarto país do mundo em número de habitantes e também um dos mais castigados pelas catástrofes naturais, como o tsunami ocorrido no estreito de Sunda e que deixou mais de cem mortos.

A localização geográfica da Indonésia, no Anel de Fogo do Pacífico, e a quantidade de vulcões ativos no país, mais de uma centena, faz com que o país seja propenso a sofrer uma grande atividade sísmica.

A maioria são tremores baixos ou moderados que passam despercebidos à população, mas outros são mortais, como este último tsunami atribuído, a princípio, à atividade do vulcão Anak Krakatau.

Este vulcão se formou após a erupção do Krakatoa em 1883, uma das mais destrutivas da qual se tem registro no mundo, porque não somente destruiu a ilha no estreito de Sunda e criou a atual ocupada pelo Anak Krakatau, mas também deixou mais de 36 mil mortos.

O pior tsunami ocorrido na Indonésia aconteceu em 26 de janeiro de 2004 no norte de Sumatra e causou 230 mil mortes em uma dúzia de países banhados pelo Índico, dos quais 167 mil foram em território indonésio. A Indonésia teve dez terremotos com vítimas somente este ano.

As autoridades indonésias confundiram inicialmente o tsunami com uma maré crescente e chegaram a apelar à população para não entrar em pânico, noticiou a agência de notícias France-Presse. “Foi um erro, sentimos muito”, escreveu na rede social Twitter o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho.

O tsunami foi desencadeado por uma maré anormal associada a um deslizamento submarino causado pela erupção do vulcão Anak Krakatoa. O tsunami atingiu Lampung, Samatra, e as regiões de Serang e Pandeglang, em Java.

“A combinação causou um tsunami repentino que atingiu a costa”, segundo a agência. A área mais afetada foi a região de Pandeglang, na província de Banten, em Java, que abrange o Parque Nacional de Ujung Kulon e praias populares, de acordo com as autoridades.

O vulcão Anak Krakatau, no Estreito de Sunda, que liga o Oceano Índico ao Mar de Java, tem 305 metros de altura está localizado a cerca de 200 quilômetros a sudoeste da capital Jacarta, onde tem sido registada atividade desde junho. De resto, em julho, as autoridades ampliaram a proibição de acesso para uma área de dois quilômetros à volta da cratera.

 

 

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