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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu à notícia do atentado em Nova Orelans que matou 15 pessoas e feriu 30. O republicano sugeriu que o homem de 42 anos é imigrante. O presidente eleito disse que “os criminosos que entram nos Estados Unidos são piores que os locais”.
O suspeito morto pela polícia foi identificado pelo FBI como Shamsud Din Jabbar morava no Texas. Ele era corretor de imóveis em Houston e atuou como especialista em informática e recursos humanos no Exército entre 2007 e 2015, depois foi reservista até 2020. Durante 11 meses, de fevereiro de 2009 a janeiro de 2010, Jabbar foi enviado ao Afeganistão, onde foi promovido a primeiro sargento.
Horas antes do ataque, ele publicou vídeos nas redes sociais afirmando agir “inspirado” no grupo Estado Islâmico, segundo informou o presidente Joe Biden. Ele se converteu ao islamismo ainda jovem, mas o que chama a atenção da imprensa nos Estados Unidos e também na França é que Jabbar foi casado duas vezes, era divorciado da última esposa desde 2022, e enfrentava problemas financeiros. As investigações devem esclarecer as razões de sua radicalização.
Segundo o jornal francês Libération, os atentados semelhantes na feira de Natal de Magdeburgo, na Alemanha, e nesta quarta-feira em Nova Orleans, com motoristas que atropelam pedestres em momentos festivos, era um cenário temido em várias cidades do mundo. O que precisa ser investigado, nos dois casos, é por que as barreiras de segurança nas ruas onde havia centenas de pedestres eram tão frágeis.
Os jornais franceses Libération, o Le Monde e o Le Figaro criticam a reação de Donald Trump ao ataque. O Le Monde criticou a versão inicialmente divulgada pelo canal de TV ultraconservador Fox News, que afirmou que Jabbar entrou nos Estados Unidos pela fronteira do México. O Le Figaro acrescenta que, em um vídeo de 2020, Jabbar conta que nasceu e cresceu em Beaumont, no Texas, e “não era um imigrante”, enfatiza o diário.