Trump pede reconciliação e ataca invasores: “Não representam nosso país”
Presidente finalmente reconheceu derrota na eleição norte-americana em postagem na noite desta quinta-feira
atualizado
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O ainda presidente norte-americano Donald Trump foi ao Twitter (sua conta parece ter sido desbloqueada) na noite desta quinta-feira (7/1) condenar a invasão do prédio do Congresso do país por apoiadores dele mesmo e concluiu a mensagem pedindo união entre os americanos para enfrentar o coronavírus e a reconstrução econômica. Disse ainda que está concentrado em fazer uma transição tranquila para o sucessor, Joe Biden, no próximo dia 20 de janeiro.
Trump baixou o tom de seu discurso horas após a presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, clamar pelo afastamento imediato do presidente, alegando que ele está inapto para o cargo após ter incitado a multidão que invadiu o Capitólio na quarta.
Veja o vídeo (em inglês):
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 8, 2021
Trump disse que os manifestantes que invadiram o Capitólio na tentativa de evitar a confirmação da vitória do democrata Biden estavam errados. “A América é e sempre será a terra da lei e da ordem. Os manifestantes que invadiram o Capitólio desafiaram a democracia americana. Aos que se envolveram em atos de violência e destruição, vocês não representam nosso país. E àqueles que descumpriram a lei, vocês irão pagar”, discursou Trump, em tom mais sereno do que nas últimas aparições.
“Estivemos em uma eleição tensa e as emoções estão em alta, mas temperamentos precisam precisamos ser acalmados”, disse.
“Minha campanha percorreu os caminhos legais [para contestar os resultados] e acredito que devemos reformar nossas leis eleitorais para identificar melhor os eleitores”, continuou, “mas vou me esforçar para uma transição de poder tranquila no dia 20”, prometeu ainda.
“É momento de reconciliação”, diz Trump na parte final do vídeo, em um tom inédito. “Derrotar a pandemia e reconstruir nossa economia vai exigir que todos trabalhemos juntos”, continuou, antes de dizer que “servir como seu presidente [dos norte-americanos] foi a honra da minha vida”.