Trump não será algemado quando se entregar, afirma advogado de defesa
Donald Trump se tornou réu na quinta-feira (30/3) e pode ser preso após se apresentar para indiciamento na Justiça na próxima terça (3/4)
atualizado
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O ex-presidente dos Estados Unidos (EUA) Donald Trump não será algemado ao se entregar para a polícia na semana que vem, em Nova York, afirmou seu advogado Joe Tacopina nesta sexta-feira (31/3).
Trump se tornou réu na quinta-feira (30/3) em um caso de suposto pagamento à ex-atriz pornô Stormy Daniels. Após o indiciamento, o ex-presidente pode ter de aguardar o julgamento em uma prisão preventiva e deve se apresentar ao juiz responsável pelo caso na terça-feira (3/4).
A Justiça americana prevê que os réus se apresentem para um indiciamento e saiam da Corte algemados. No entanto, esse não será o caso de Trump. A promotoria responsável pelo caso e a defesa do ex-presidente negociaram condições para uma eventual prisão, e uma das reivindicações era justamente que o bilionário não saísse algemado.
Segundo o advogado de Trump, o acordo foi firmado com a Promotoria de Manhattan, em Nova York, nesta sexta-feira.
No entanto, a prisão do ex-presidente não é uma certeza. O juiz responsável pelo caso pode não considerar que Donald Trump traga risco de fuga e, desse modo, ele poderá ir embora livremente após seu indiciamento pagando fiança, se assim for decidido.
Entenda o caso
Trump é investigado por um suposto pagamento de US$ 130 mil feito por Michael Cohen, ex-advogado do magnata, à ex-atriz pornô Stormy Daniels dias antes da eleição presidencial vencida pelo republicano, em 2016.
A quantia teria sido entregue a Daniels para que ela não falasse sobre um suposto caso extraconjugal que teria tido com Trump. O ex-presidente nega ter feito o pagamento ou ter tido relações com a mulher.
Caso Trump se torne, de fato, acusado pelos pagamentos irregulares, será a primeira vez que um ex-presidente dos Estados Unidos responderá a um processo criminal. O andamento da investigação pode atrapalhar os planos de Trump de retornar à Casa Branca nas eleições de 2024.