Trump, Musk e Zelensky têm conversa coletiva por telefone após eleição
Conversa entre Donald Trump, Elon Musk e Volodymyr Zelensky foi positiva e sem atritos, segundo fontes próximas
atualizado
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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, realizaram uma chamada telefônica, nesta quarta-feira (6/11), que contou também com a participação do empresário Elon Musk. A informação foi divulgada pelo jornal The New York Times.
Embora o tom da ligação tenha sido relatado como positivo e sem atritos, segundo fontes próximas à conversa, não está claro se a pauta tem relação com mudanças na política dos Estados Unidos quanto à Ucrânia e a guerra com a Rússia.
A participação de Elon Musk chama atenção. O bilionário tem estreitado laços com Trump desde julho, quando endossou publicamente a campanha do republicano, além de ter oferecido apoio financeiro e logístico. Quanto à relação com a Ucrânia, o empresário é responsável por fornecer ajuda ao país durante a guerra com a Rússia, por meio de sua rede de comunicação via satélite, a Starlink.
Em suas redes sociais, Zelensky fez declarações afirmando que espera que os Estados Unidos, sob a gestão de Trump, continuem a apoiar a segurança ucraniana. O presidente ucraniano reforçou que sua prioridade é assegurar que a Ucrânia permaneça protegida contra as agressões russas.
Relação EUA x Ucrânia
Em primeiro discurso após sucesso na corrida presidencial à Casa Branca, Trump prometeu ser o político que vai acabar com guerras – ainda que declarações durante a corrida eleitoral não sinalizem isso.
Os cofres dos EUA se abriram para a Ucrânia desde o início da guerra com a Rússia, em fevereiro de 2022, tornando a administração Biden o maior financiador e apoiador do país liderado por Volodymyr Zelensky.
Estimativas apontam que o apoio financeiro de Washington a Kiev, incluindo ajuda militar, já ultrapassou a cifra dos US$ 84 bilhões. O dado, do Instituto Kiel, não leva em conta os pacotes de armamentos liberados pelo governo Biden, que giraram em torno de US$ 8,9 bilhões no período de 57 dias.
O alto valor depositado no conflito, no entanto, passou a ser alvo de críticas na política interna dos EUA, principalmente entre membros do Partido Republicano, por não enxergarem grandes retornos do investimento no campo de batalha.
Além da promessa em acabar com o conflito entre ucranianos e russos em “24 horas”, caso fosse eleito, o magnata também demonstrou descontentamento quanto ao valor enviado à Ucrânia, e sinalizou que a assistência ao país pode ser afetada na sua administração.
Em junho, Trump falava com apoiadores em Detroit quando chamou Zelensky de “o melhor vendedor entre todos os políticos de toda a história” por sempre garantir uma quantia astronômica a cada encontro com o então presidente norte-americano, Joe Biden.
“Ele saiu há quatro dias com US$ 60 bilhões, e chega em casa e anuncia que precisa de mais US$ 60 bilhões. Isso nunca acaba”, disse.